domingo, 6 de outubro de 2013

Sem pressa de ser feliz...

Tive o sono dos deuses naquele dia. Mal consegui dormir nas 2 noites que antecederam minha chegada. Antes de me deitar para dormir na casa de meus pais, minha mãe e meu pai bateram na porta do quarto e vieram me dizer: "Que bom que você voltou pra casa, filho. Foi o melhor dia do ano pra nós! Boa noite e durma com Deus, nós te amamos!"

Acordei no outro dia e meus pais estavam no trabalho, mas deixaram uma mesa de café da manha com tudo o que eu gosto. Quando chegou meio-dia, voltaram mais cedo do trabalho e passamos o dia conversando e desempacotando minhas malas, e entregando as lembrancinhas que comprei.
Tratei também de organizar todos os documentos necessários para renovar a minha CNH que havia vencido no ano passado.

Durante a noite, apareci de surpresa no meio do treino de volei dos meus colegas. A surpresa foi geral e assim como na minha família, deu pra notar muito bem aqueles que simplesmente sentiram realmente minha falta e quem nem ao menos havia notado minha ausência. Conversamos bastante e fizemos um "racha" pra relembrar dos tempos dos jogos.

No outro dia pela manha, eu e meu pai fomos ao poupatempo na cidade vizinha para que eu renovasse minha CNH e quando retornei com os papéis, entreguei ao meu pai com o dinheiro para ele pagar enquanto eu tirava a foto. Nem isso ele me deixou pagar! Achei meu dinheiro dentro da mochila na volta pra casa... eles queriam me deixar super a vontade na minha volta.

Visitas e mais visitas aos queridos da minha cidade, até que finalmente, encontrei todos que queria, podendo assim pensar no que eu iria fazer da minha vida a partir daquele dia.

Eu estava muito feliz com a volta, mas as semanas foram se passando e eu não estava mais me
sentindo bem ao estar dentro da casa de meus pais, a pesar de todo o esforco que eles faziam para que eu me sentisse o mais confortável possível. Não era nada com eles, mas sim comigo.
Creio eu que uma vez que você acaba saindo de casa pra valer, nunca mais você se sente o mesmo lá dentro. A saudade de Dublin estava me corrompendo o peito, sentia muita saudade de ver as pessoas na rua, o inglês diário, aquela rotina de ir trabalhar e observar tudo e a todos, a facilidade com que eu me adaptei a rotina no exterior... estava ficando angustiado demais.

Foi quando entrei em contato novamente com meus amigos que fiz por lá onde eles já estavam no Brasil. Recebi uma proposta tentadora. Já havia recebido antes, mas não havia pensado muito bem sobre. Eles são da cidade de Belém do Pará e estavam estudando em Santa Catarina. Me falaram sobre o lugar, as pessoas, o trabalho e fiquei muito atentado a conhecer e ver qual era o clima do lugar, se conseguiria me adaptar por lá, então comecei a pensar bem nesta possibilidade.

O aniversário de meu pai estava se aproximando e de alguns outros parentes e amigos também... eu não poderia passar estas datas longe deles desta vez e pelas minhas contas, teria de esperar cerca de 2 meses para poder finalmente viajar para o sul do Brasil.
Me empolguei com a idéia e já planejei tudo muito bem. Conversei muito com meus pais sobre eu me mudar novamente e a princípio não gostaram muito da idéia, mesmo me apoiando 100% na minha escolha. Usei de bons argumentos para conversar com eles diariamente e acabaram entendendo minha escolha de sair de casa e até ficaram felizes com a idéia de ir nas férias me visitar em outro estado, já que morando no exterior a possibilidade de uma visita deles era ZERO.

Confirmei minha ida aos meus amigos e estabeleci um certo período para ir: Entre as 2 primeiras semanas de agosto, estaria me mudando pra lá.

Grande abraco,
Du Paiva.

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