terça-feira, 19 de julho de 2011

Ignorance is Bliss...

Há um certo tempo no meu meio de trabalho, tenho escutado muitas conversas das pessoas sobre a tal PL 122, Kit Gay, Pastor Silas Malafaia, Bolsanaro e etc, tudo o que tem acontecido á favor/contra o meio gay.
Eu, de verdade, não fiz questão nenhuma de estar me informando muito sobre o assunto, as manifestações que fiquei sabendo, vídeos na internet, declarações de pessoas públicas e etc ví pela TV.

Vendo/ouvindo comentários sobre tais assuntos no meu meio de trabalho, tenho mais certeza do quão chucras e egocêntricas as pessoas são! Como elas podem ter o pensamento/cérebro tão pequeno assim, tão desprovidas de massa cefálica? É sério, tenho escutado comentários tais como:

"Meu Deus, isto é um absurdo! Esse Kit Gay agora vai ser obrigatório nas escolas? Como posso ficar tranquilo(a) deixando meu filho(a) ir para a escola se lá ele(a) vai aprender como ser gay?!"


"Isso é uma baixaria! Esse tipo de pessoa querendo adotar crianças! Daqui a pouco terá escolas ensinando como ser gay, por aí!"


"Essa gente vive de baixaria, adora uma putaria! Você pode ver que onde os encontra, sempre estão fazendo algo, com aquele jeito nojento deles!"


"Este mundo já está perdido! Volta logo Jesus Cristo, este mundo precisa muito que o senhor retorne!"

Fico completamente enojado, triste e com muita raiva de tais comentários, eu simplesmente quando escuto coisas do tipo, saio de perto, prefiro ficar bem longe!
Há alguns dias atrás, meus colaboradores estavam discutindo sobre o assunto, dizendo comentários sem nexo algum e eu estava fechando o relatório da noite no computador, não aguentei e soltei:

"Acho que as pessoas deveriam cuidar do que tem dentro de casa! Deveriam ficar quietas e respeitar aquilo que elas ao menos nem fazem idéia do que se trata! A hora que INFELIZMENTE elas verem a situação do outro lado da moeda, de outro parâmetro, vão amargar para o resto da vida o que cagam pela boca!"

Eles arregalaram o olho, continuaram a conversa de um tom diferente, e aos poucos saíram de perto e continuaram a trabalhar, mas de vez em quando, ainda surge uns papos do tipo. Nunca estou por perto, mas quando estou, fecho a cara e saio de perto! Se perceberam alguma coisa, se comentaram algo sobre o ocorrido comigo, eu não sei, mas eles ainda me tratam da mesma forma de sempre!

Quem me conhece, sabe que eu sou uma pessoa simples, sempre tento agradar muito as pessoas, mais que a mim mesmo e por mais que eu esteja de mau-humor, nunca desconto minhas frustrações pessoais nas pessoas, sempre tento agradar o máximo possível a todos. Devido a tudo isso, modéstias á parte, eu digo sem nenhuma dúvida que na empresa onde trabalho, sou a pessoa que as outras mais gostam, mais admiram, mais respeitam e mais elogiam! TODOS OS DIAS eu escuto:

"Este é o encarregado dos meus sonhos, vem trabalhar no nosso turno, vem!"
"Eduardo, troca de turno com nosso encarregado, porfavor, fica no nosso turno!"
"O encarregado de vocês é o melhor que eu conheço!"
SMS que recebi quando estava de férias:
"Você faz muita falta aqui, sabia? Volta logo, porfavor!"

Fora os presentes que sempre recebo, as conversas e desabafos com os colaboradores de todos os turnos, o único da empresa a ter festa de aniversário sou eu, o único que ganha presente de natal, e por aí vai uma lista sem fim de mimos que recebo.

Agora eu lhes pergunto:

Se as pessoas soubessem que sou gay, eu seria tratado da mesma forma? Ainda teria o respeito de todos?

Bem, eu não sei exatamente o que se passa na cabeça de pessoas como eles, assim como eles não sabem o que se passa na cabeça de pessoas como eu, mas adiantaria eu dizer que ninguém escolhe ser gay?
Que eu sempre desejei ser "normal"? Que eu nunca escolhi ser gay para que achassem graça da minha cara?

Bem, a única coisa que me vem a cabeça com o pensamento de pessoas como meus colaboradores, é que:
A IGNORÂNCIA É FELICIDADE!
A IGNORÂNCIA É UMA BENÇÃO!

Aqui vai um vídeo que por acaso acabei encontrando no YouTube.
Assisti e me emocionei diversas vezes, assistindo-o. Espero que gostem!


Grande abraço a todos vocês leitores,
nunca desistam! Tenham fé!!!
Eduardo Paiva.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Pausa no meio da semana...

Faltando apenas 1 semana para o campeonato de voleibol da região onde iria representar minha cidade contra outros 13 times, acabei sofrendo uma contusão no joelho direito enquanto enquanto ia bater um bola pela saída de rede. Felizmente não foi nada grave, mas suficiente para me tirar "ativamente" do campeonato.
Fiquei completamente frustrado com a situação, estava treinando duro durante semanas para pegar rítmo de jogo e me adaptar aos outros jogadores.
Não foi uma contusão grave, então decidi me tratar em casa para poder estar melhor e quem sabe poder ajudar nos jogos de alguma forma.
*Após chegar do trabalho pela manhã, fazia compressa com gelo durante 1 hora.
*Comecei a tomar anti-inflamatório.
*Antes de dormir, tomava um banho quente e fazia massagem com gelol
*Travei meu joelho com um tensor todos os dias no trabalho.

Obtive bons resultados e parei de mancar em 2 dias, comecei a fazer leves alongamentos e depois de mais 2 dias, já conseguia dar baixos saltos. Isso era um bom sinal e confirmei minha presença no campeonato faltando apenas 1 dia para começar. Como já havia me inscrito 2 meses antes, apenas avisei que iria.
Alguns amigos de sempre também se inscreveram como o Lutador, aquele meu colega que dá em cima do Lutador (o chamarei de Da*), seu irmão (Ma*) e outro colega (Br*). Na quinta-feira, dia 07/07, fomos todos para a cidade vizinha nos alojar em uma escola e nos prepararmos para o jogo.

Aquilo virou uma bagunça! No nosso time havia apenas 2 héteros (o Lutador e o levantador reserva do time) porque os outros 10 eram gays. Destes 10 gays, apenas 4 não tinham trejeitos (Eu, Br*, e os 2 ponteiros reservas). Também veio um jogador de SP jogar conosco, o *Ra, um dos gays mais engraçados que eu já conheci.
Lá conheci muito mais pessoas, como a galera do basquete masculino, futebol/futsal masculino e feminino, tênis de mesa, xadrez, malha, handball e a galera do atletismo. Apesar de verem que haviam gays no volei, o pessoal levou numa boa e sempre iam conversar conosco no quarto, porque modéstia á parte, era o quarto mais engraçado e mais barulhento.
Alguns dias fomos assistir alguns jogos do pessoal da minha cidade para dar aquele incentivo e quando fomos jogar, estavam todos lá, nos incentivando também!

Nossa chave tinha 3 times, ganhamos os 2 jogos e nos classificamos em 1º da nossa chave.
Durante os 2 jogos, entrei em quadra para o aquecimento de rede, porém sem condições de jogo, meu joelho ainda me incomodava um pouco e não conseguia dar 100% de mim dentro de quadra, mas lá estava eu dando apoio moral ao time e auxiliando junto aos técnicos. Nosso outro jogo já nas quartas-de-final era contra uma cidade bem mais experiênte e forte que a nossa.
Um jogo demorado, tenso, cheio de provocações do outro lado, todos os sets estavam pau a pau e eu morrendo de vontade de estar dentro de quadra, mas novamente não consegui me livrar da dor e jogar.
Cada time fez 2 sets e fomos para o Tie-Break. O outro time, abriu 9x5 contra o nosso, mas conseguimos virar para 13x12. O *Da tomou um bloqueio e o outro time empatou, e o cara do outro lado que fez o ponto de bloqueio gritou na cara do meu colega. O juiz viu e o cara levou cartão amarelo, assim ficamos no match point. O cara ficou tão fodido da vida com o cartão que pediu para o levantador do time dele mandar a bola pra ele e enfrentar o *Da novamente no bloqueio. Meu colega viu a cena e ficou plantado na frente do cara e quando a bola foi para o cara, ele tomou um caixote que voltou no pé e assim, nosso time se classificou para a semi-final.

Para a nossa infelicidade, os jogos sempre são um dia após o outro e depois deste jogo demorado, não conseguimos descançar muito bem, e para um grupo de amigos que simplesmente resolveram montar uma equipe do nada sem treino, estar nas semis já era um fato importantíssimo, mas infelizmente ficamos para trás.
Perdemos o próximo jogo e ficamos para a disputa do 3º lugar e novamente, sem condições de jogo perdemos e ficamos em 4º lugar no campeonato.
Foi um resultado importante para nossa cidade, já que não temos incentivo de nada e quase todo o incentivo que temos, vem dos nossos próprios bolsos. Quase todos os jogadores do nosso time além de estarem ali jogando em outra cidade, trabalham durante o dia, ou a noite, como é meu caso e o do Lutador.

Mas valeu a experiência, as pessoas que conheci, fiquei muito mais amigo do Lutador, saímos juntos lá para rir e beber, mas definitivamente, ele é hétero e não tem nenhum interesse ou curiosidade. Não sei, todo aquele encanto que eu via nele, já não existe, mas ainda o acho lindo demais!
Tomamos banho juntos, dormimos um do lado do outro, almoçamos/jantamos juntos, durante os jogos vinhamos juntos no ônibus e zuávamos toda a galera do quarto juntos. Um parceirão de verdade, mas somente isso!

Na quinta e sexta-feira passadas eu fiquei indo e vindo de minha cidade até o alojamento para poder trabalhar a noite, mas na segunda e terça-feira, consegui um atestado com a secretaria de esportes da minha cidade para poder ficar alojado e me preparar melhor para os jogos. Ontem, quarta-feira, excepcionalmente, meu chefe veio conversar comigo para saber o porque das faltas. Conversei e expliquei a ele o motivo, mas vi pela reação que ele não gostou nem um pouco.
Fiquei extremamente feliz com as informações que ele me passou ontem e pelos acontecimentos recentes, creio que conseguirei a demissão no fim do ano, assim como desejo.

Me desculpem a "falta de assunto", mas foi somente o que aconteceu comigo nesta semana, rs.
Continuem a mandar seus e-mails e obrigado pelas conversas no MSN gente, vocês são uns amores!
Grande abraço a todos,
Eduardo Paiva.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Há males que vem para o bem...

Caros, queridos leitores:
Infelizmente meu tempo tem sido extremamente curto e consequentemente não tenho conseguido conciliar tempo para fazer novas postagens. E o pouco tempo que me sobra, consigo aproveitar e sair, coisa que sinceramente não é comum.
Várias coisas tem acontecido comigo, boas e ruíns, conheci pessoas bacanas e consegui rever alguns amigos de muito longe também. Vou pular a parte do Skol Sensation e já ir pra semana da Parada Gay e São Paulo.

No feriado de quinta-feira 23/06, fui atentado por um colega de São Paulo a ir para a balada, depois de saber que não trabalharia no feriado. Me encontrei com ele no metrô e fomos a boate HotHot.
Casa pequena, atendimento do bar péssimo, pessoas tediosas e música excelente! Que combinação, e nem preciso nem dizer o que achei da balada, não é mesmo? rs. Valeu a pena apenas por dançar e me divertir junto aos meus amigos que não via há meses.
Fui a casa de meu amigo e acabei ficando por lá na sexta-feira, onde ele já hospedava um amigo de Brasília e uma amiga nossa do Rio de Janeiro. Ambos vieram para prestigiar a parada no domingo.
Durante a tarde, fomos a um barzinho na esquina da casa dele onde pude conhecer melhor o cara de Brasília.
O cara, é um dos criadores do maior portal LGBT do país, o Gay1. Cara extremamente centrado, inteligente, simpatissíssimo e hiper empenhado no que faz. Batemos um bom papo durante a tarde de sexta-feira.

Aproveitando que já estava em São Paulo e a furada que entrei na balada de quinta-feira, quis ir novamente a outra boate, a Bubu Lounge. AMO esta boate!
Meus amigos não quiseram ir pois iriam no sábado, porém Sábado e Domingo eu já estava intimado a fazer hora extra, ou seja, tinha somente a sexta para aproveitar.
Fomos a noite na Paulista passear e ver o movimento e depois fomos na Augusta (acho que é este bairro), onde fica a boate Lôca e uns barzinhos lotados de gente! Adorei ficar lá bebendo com os amigos e vendo todo aquele movimento de pessoas!
Quando foi 1 hora da madrugada, segui sozinho para o Bubu Lounge.

Pessoas lindas e interessantes, música maravilhosa e atendimento excelente. Noite pefeita ao meu ver, estava enganado. Comecei a beber, flertar com algumas pessoas e andar para ver o movimento. Estava tudo muito bacana, a música estava contagiante e minha vontade de dançar e curtir estava nas alturas. No meio da noite, toda esta vontade de curtir se foi:
Meu colega me mandou um torpedo e eu respondi, coloquei o celular no bolso e fui no banheiro, mas para isso, precisava atravessar a pista. Quando terminei de passar pelo meio das pessoas e finalmente fui ao banheiro, notei que meu bolso estava vazio. Retiraram o celular do meu bolso e eu nem percebi! :(
Aquilo acabou com toda a euforia que eu estava, me deixou pra baixo. Dei voltas e voltas por todo o lugar que passei na esperança de achar o celular no chão, mas infelizmente não achei. Fui para a pista de baixo, tentei aproveitar um pouco mais a balada, mas eu não estava mais no clima.

Fiquei até quase o final da balada lá para conversar com o chefe da segurança e relatar o que aconteceu, mas infelizmente nada foi feito (também não havia o que fazer), então peguei o ônibus para a estação de metrô mais próxima e fui em direção a rodoviária onde voltei para minha cidade dormindo durante toda a volta.
Cheguei em casa e bloqueei meu chip e pedi também para a atendente travar meu celular através do nº IMEI.
Pelo menos a pessoa que roubou o celular, não poderá usa-lo também!

Passei o sábado e o domingo me remoendo pelo celular perdido, todos os contatos, fotos, músicas e tudo que eu tinha lá, estavam perdidos.

Bem, não foi uma experiência muito bacana naquele fim de semana da parada, mas fazer o que, faz parte da vida quebrar a cara de vez em quando, e aprender a corrigir os próprios erros. Hoje, alguns dias depois, já superei o acontecido e até comprei o celular que eu sempre quis mas não tinha coragem de levar pra casa, rs.

Gostaria de dizer que estou sentindo muita falta de conversar com vocês no MSN. Não deixem de mandar seu e-mail! Eu demoro um pouco para responder, mas sempre respondo!

Um grande abraço apertado em todos vocês,
muitas saudades,
Eduardo Paiva.