sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Experimentando...

Bem, nunca disse que sou virgem, casto, santo e etc... Tenho tantas qualidades como defeitos, então cabe a cada um que se aproxima, descobrir o que há de melhor em mim.
Não, isso não foi uma indireta, ou estou bravo, nem nada com relacão a isso. Somente comecei o texto assim, porque falarei algo aqui que nunca havia mencionado (creio eu... rs)

Todos sabem que no meio LGBT o povo realmente é mais liberal, mente aberta e mais propício a aceitacão de outras situacões. Sempre morei em uma cidade do interior de SP, criado pelos meus pais em meio a minha (grande) família. Não sei mentir! Só de ficar cara-a-cara com a verdade, fico completamente roxo de vergonha. Fui/sou um bom filho/neto/sobrinho.
Não era de aprontar com nada, sempre fui muito estudioso e meus familiares sempre me tiveram como um exemplo de pessoa pra família. Meus pais nunca precisaram ser chamados na escola, sempre tive boas notas, bons amigos, boa influencia dentro e fora de casa.

Maconha, Ecstasy e LSD
Alguns da minha família, sempre já foram meio que a "ovelha negra", aprontavam sempre, confusões com muita coisa... enfim, várias situacões na minha família ao longo dos últimos 10 anos fez com que ela se unisse cada vez mais. Um primo sofreu um grave acidente de tentativa de homicídio (estava devendo pros traficantes), outro primo de 10 anos com um tumor no cérebro (já se recuperou, Gracas a Deus!), outro que vive se quebrando em acidentes de carro e moto por estar querendo pagar de "bonzão".

Eu no caso, sempre fui muito pela minha cabeça e sempre fiz o que eu tive vontade. Sempre tive uma boa liberdade pra poder aproveitar tudo o que queria, apesar do meu jeito todo inibido de ser. Com o tempo essa inibicao, que é uma das minhas grandes metas da vida pra se quebrar, esta se esvaindo. Os resultados tem sido ótimos e estou feliz com minha atual situacao, mas será que sou assim tao "santo"? Estou com certos pensamentos que hoje, possa estar sendo influenciado por amigos e colegas, não sei ao certo.

Na viagem que fiz no fim de 2011 pra passar a virada do ano no Rio de Janeiro, foi a primeira vez que tive contato com drogas. Antes, nunca tive vontade, muito menos curiosidade, mas naquele dia que estava bebendo e me divertindo com os amigos, resolvi experimentar... afinal, que mal podia ter em experimentar? Fumamos maconha naquele dia e todos ficaram muito doidos. Eu observava a todos ali rindo a toa e eu ali, como se nada tivesse acontecido, como se nunca tivesse experimentado. Não senti diferença nenhuma.

Fui viajar pra Dublin no início de 2012 e lá conheci muita gente, tive contato com muitas culturas, vi muita coisa e vive muito mais. Quem não tem muita cabeça, acaba pirando e vivendo de festas e drogas todos os dias, literalmente! Vi muita gente se afundar por lá.
Muitas festinhas dentro de casa outras em grandes baladas e pela segunda vez, acabei tomando uma bala e um doce, ou o famoso Ecstasy e o LSD.
O efeito veio rápido e a sensacao era de que eu sentia a música dentro de mim. Eu dançava na pista como se eu estivesse lá só, e as luzes me faziam ver coisas psicodélicas por todos os lados. Foi uma vibe muito boa, confesso. No outro dia que fiquei um pouco mal, com dores no maxilar, pernas, barriga, dor de cabeça bem fraca.

Durante esse tempo em minha viagem, experimentei outras vezes a maconha, na qual obtive os seus efeitos e literalmente não foi algo que me agradou. A primeira sensacao é muito boa! Você relaxa, fica tranquilo, ri de coisas bobas e etc, mas os efeitos depois de cerca de 2 horas foram as mesmas todas as vezes: enjoo e náuseas seguidas de 20 minutos vomitando no banheiro.
Não é algo que me agrade ou tenha vontade novamente.

Voltando ao Brasil, neste final de semana onde consegui me encontrar com os amigos de SP, resolvemos ao invés de ir a balada, ficamos passando de bar em bar na famosa Augusta. Tudo muito divertido e engraçado como sempre. Mas o efeito do álcool fez com que em um momento de maior loucura, procurássemos por LSD .
Quem conhece a Augusta, sabe que se acha qualquer coisa por ali em questão de minutos, basta apenas perguntar pro primeiro encostado em alguma parede ou algum vendedor ambulante de bebidas. Compramos, tomamos o LSD e ficamos ali bebendo na rua até as 9:00.
Enquanto achávamos tudo muito lindo, engraçado apenas de olhar um para a cara do outro, houveram brigas, arrastões, garrafas voavam, ambulâncias chegavam e partiam, policia passava a todo instante nas cadeiras onde estávamos sentados na rua...

Após essas longas horas pela rua, voltamos a casa de meu amigo, bebemos mais algumas cervejas e ríamos compulsivamente deitados na cama até cair no sono a 1 da tarde. Confesso novamente que a vibe do LSD é muito boa, porém a ressaca moral é infinitas vezes pior.

Não, não estou viciado! Vivo muito bem sem, aliás, em nenhuma das vezes que experimentei essas drogas, eu gastei 1 centavo sequer. Além destas drogas citadas acima, nunca experimentei outras coisas, não tenho vontade, muito menos curiosidade. Creio eu que minha cota de experimentos já estourou.

Estou apenas contando isso por aqui, porque me sinto bem a vontade para tal.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Tem um sapo no armário (Em SP)...

Passei 13 longas horas dentro daquele ônibus vindo de Santa Catarina para São Paulo. Apensar de ter dormido (com muita dor de cabeça) a viagem toda, cheguei exausto por volta das 10 horas da manha de segunda-feira. Fui direto a empresa trabalhar com um cubano que só me causou problemas, mas consegui consegui levar numa boa. Pouco trabalho naquele dia e logo fui ao hotel que a empresa tinha reservado em frente a empresa (irônico não?).
Enfim, vamos ver quem está a minha volta - pensei.
Comecei a mexer no celular e para a minha surpresa, um rosto ali era mais do que familiar: Peter!


Puxei assunto e logo conversamos.
Não podia perde aquela oportunidade de me encontrar com ele e nos conhecermos pessoalmente, não é mesmo?

 Por motivos de trabalho, ele e eu estivemos um pouco ocupados e somente conseguimos marcar algo para a tarde desta quinta-feira.
Tomei um banho, meu chefe me aporrinhando pelo celular durante o dia todo enquanto eu tentava dormir, porque havia trabalhado 16 horas naquele dia, mas enfim, recebi uma mensagem dele dizendo: Cheguei! Estou aqui em frente ao hotel que esta hospedado! - Desci e lá estava o Dr., na frente do hotel.

Nos cumprimentamos e eu entrei no seu carro para irmos ao shopping fazer um lanchinho e bater um papo. Ele foi me apresentando aquela parte da cidade que eu não conhecia e chegamos ao Shopping.
Foi um papo que no começo foi com um pouco de vergonha de ambas as partes, mas aos poucos foi ficando muito mais leve e descontraído. Peter, é uma pessoa agradabilíssima de se ter por perto.

Falamos sobre tudo. Falei sobre minha vida, minhas viagens, meu trabalho, coisas que gosto e ele o mesmo. Sem ao menos perceber, passamos quase 3 horas de bate-papo por ali na praça de alimentação do shopping, aproveitando um lanche e aquele papo que ficou bem descontraído.

Falamos bastante sobre a blogsfera e estou aí, na batalha pra tentar convencer ele a voltar a blogar. Tive ótimas respostas e quem sabe ele não volte a blogar novamente (ta difícil viu?! rs).
Entendo também os motivos que o mantém ocupado para não voltar a blogar. O cara trabalha bastante e também tem bastante projetos pra um futuro próximo... sendo assim, fica realmente difícil um retorno, mas não impossível!

Voltamos pra região aqui do hotel na qual ele mora bem próximo e nos despedimos por ali com a promessa de quem sabe em breve, possamos repetir o passeio.

Entrei no hotel e meu chefe ainda continuava a me aporrinhar, mas desta vez, pediu para que eu extendesse minha estadia na cidade pois não estavam conseguindo contratar outra pessoa para ficar ali trabalhando na expedição da fábrica.
Bem, por livre e expontanea pressão, aceitei ficar mais alguns dias pela cidade (o que na verdade, não tem sido um sacrifício assim tao grande, rs), com a promessa de poder visitar meus familiares no outro final de semana e provavelmente, uma visita e uma baladinha aos amigos da capital neste fim de semana.

Só posso dizer que o Peter é um cara super humilde, inteligente, um bom papo e muito bom de se ter por perto. Uma vibe muito boa conversar com ele e escuta-lo. Cara nota DEZ!
Bem, Peter, tu ainda vai ter de me aguentar mais uns dias por aqui!
Repetiremos a dose, com certeza.

Peter mandou lembranças a todos da Blogsfera!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Só pra descontrair, YouTube...

Bem, não há muito o que falar a não ser, assistir!
Acompanhe um dos vídeos recentes de um dos meus vloggers favoritos do YouTube: Steve Kardynal
Ele vive fazendo aparicões no website Chatroulette e acaba fazendo tosquices como as do vídeo abaixo, ao vivo...


E tem mais pra quem gostou... Existe uma versão muito boa de Call Me Maybe
Bem, a gargalhada é garantida... pelo menos de minha parte, rs!

domingo, 24 de novembro de 2013

Viajar (a trabalho) é preciso?...

Quase um mês fora de casa, onde passei algumas semanas (exaustivas) no Paraná a trabalho, onde na ultima semana, meu chefe foi pessoalmente lá e acabou ficando comigo em meu quarto. Um verdadeiro saco!
Chego em casa ontem com a possibilidade de ir viajar a Bahia novamente a trabalho no outro dia, mas acabei recebendo uma ligação dizendo que não seria mais necessário. (ufa! pensei.)
Então, hora de rever os amigos em um churrasco de aniversário de um deles.
Acabei exagerando na bebida e acabei indo dormir pela manha de hoje, 24 de Novembro.

Acordei indisposto com o telefone tocando e sem olhar, acabei atendendo e a voz do chefe do outro lado da linha me fez a dor de cabeça aumentar.
Fim das contas: Correr pra arrumar as malas e viajar a trabalho novamente, mas desta vez em São Paulo.

- Posso passar pra visitar minha família, antes de voltar pra Santa Catarina?
- Acho que não será possível, porque quando voltar, tem mais trabalho por aqui no fim de semana...

Bem, estarei off por algumas semanas.
Se der tempo, volto pra dar umas atualizadas por aqui...

Abração a todos!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Bora Desabafar…

desabafo
Quando eu me cansei de acordar por noites e desabafar em meio a papéis e lágrimas, uma luz me bateu e procurei pela internet, blogs onde se referiam ao meio LGBT, a pessoas que estavam na mesma situação que eu.
Vi muito conteúdo bom por aí, mas um deles me chamou muito a atenção e foi o Desabafo, escrito por Ro Fers.
A cada post que eu lia, me identificava cada vez mais com os medos, as paranóias, as alegrias, tristezas e tudo o que passava com aquele cara. Devagar fui me aproximando, comentava uma vez e outra, visitava os blogueiros que comentavam em seguida de seus desabafos e assim, fui me aprofundando nessa louca Blogsville.
Foi assim que surgiu o Eduardo Outtakes. Através dele, também conheci outros blogs, conheci leitores que se tornaram bons amigos e também o Raphael Martins, quer dizer, o Douglas, que foi quem me indicou para a brincadeira em comemoração dos 03 anos dos Desabafos de Ro Fers.
Então, bora desabafar?

1) Linkar a pessoa que indicou o selo.
   Douglas

2) Vida?
    Curta demais pra deixarmos de fazer o que gostamos e mais nos importa… Então bora aproveitar enquanto temos tempo, não é?

3) Relacionamento?
    Bem, sem generalizar com experiências antigas e tudo mais, mas esta cada vez mais difícil e complicado encontrar alguém que queira algo sério hoje em dia. Um dia, quem sabe…

4) Tecnologia?
     Não vivo sem, rs!

5) Dinheiro?
    Vivo sem, rs!

6) Um Defeito?
   Calmo demais…

7) Uma Qualidade?
    Calmo demais…

8) Amizade?
   Através dela, conquistei, conquisto e certamente conquistarei muito ainda na minha vida… Não vivo sem meus amigos, jamais!

9) Ambição?
     Conhecer uma boa parte do mundo…

10) O que você não suporta em uma pessoa?
      Falar aquilo que ela não quer falar ou realmente não diz de coraçao…

11) Dois objetos que não podem faltar no seu dia?
     Celular e chaves de casa. Me sinto nú sem…

12) O que você pensava em ser quando crescer?
     Quando criança: Padre
     Adolescencia: Engenheiro Químico

13) Qual sua profissão atual?
      Fiscal e Inspetor Portuário/Container

14) O que você não aprendeu ainda e tem vontade de aprender?
     Alemão e Frances.

15) Qual a historia favorita de infância?
     As historias que minha avó contava durante nossos jantares nas férias.

16) Qual desenho animado favorito na infância?
     Os Cavaleiros do Zodíaco (RIP Lost Canvas…)

17) Tem saudades de que?
     Do período entre meus 15 aos 25 anos, rs.

18) O que te deixa de mau humor?
      Programar algo com alguém e no fim acontecer algum imprevisto ou a pessoa dar uma desculpa/desistir por motivos banais

19) Qual a pior tarefa domestica?
     Lavar a louça…

20) Qual parte do seu corpo julga ser mais atraente?
      Meu sorriso… recebo muitos elogios, rs.

21) Qual o nome que gostaria de ter?
     O nome que tenho mesmo…

22) Qual gíria mais usa durante o dia?
     iae, belê? Fala Fera! Chora filhote (atendendo os amigos pelo celular)!

23) Um recado para as pessoas que você convive?
      Já ouviu falar de vida?

24) O que você faz primeiro quando acorda?
      Após ir ao banheiro, vou beber água.

25) Qual o seu mês favorito?
     Dezembro.

26) Quantos namorados você já teve, quanto tempo foi o mais curto e o mais duradouro?
     Dois namorados…
     1º namorado: sou péssimo com datas, mas foi um pouco mais de 2 anos.
     2º namorado: 6 meses sofridos

27) Qual pecado capital mais pratica?
      Gula… tem coisa melhor que COMER? kkkkkk

28) Qual parte do corpo masculino mais te chama a atenção?
     Pernas e panturrilhas…

29) Uma imagem que te pertence (pode ser foto, uma parte do seu corpo e até mesmo um objeto predileto, animal de estimação, e etc…)?
smile


30) Indicar este selo para mais 05 blogueiros e avisá-los para responder o questionário:
     Latinha, Freddie Butterman, Margot a desaparecida, RailerOnline e Peter O Sapo Desaparecido.

Bem, obrigado pela brincadeira aí galera e parabéns ao Ro Fers pelos 03 anos aí, Desabafando pela internet.
Que venham muitos mais anos pela Blogsville! Um dia eu também chego lá, rs…Selo 1

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Apenas uma outra (última) carta…

Não sei se todos aqui sabem, mas uma das coisas que o digníssimo ex me ajudou bastante, foi na escrita. Não chego perto de nada do que ele escrevia, porque o cara é realmente bom, mas aprendi muita coisa e a passar para o papel, tudo o que eu sentia. Escrevi este texto faz alguns meses. Espero que gostem…

Meu amor:

Hoje, pela ultima vez eu vi a fumaça do trem que vinha do horizonte, sentido a estação. Cansei. Já perdi as contas de quantas vezes ao ver a fumaça que se aproximava, corria para a cozinha ferver água para fazer café, como daquela vez em que nos conhecemos. Lembro perfeitamente de ouvir alguém bater na porta, dizendo que o cheiro do café lhe buscou na estação, assim que desembarcou e desta forma, ficou.
Não sei se o café ficou forte ou fraco demais, se errei na porçãotrem_thumb[24] de açúcar; Apenas sei que você partiu, se foi e nunca mais deu notícias. Busco na memória, todos os passos milimetricamente que dei naquele dia, para poder fazer tudo igual como antigamente, como da primeira vez. Lembrei, mas tem sido em vão.
Lembra do quanto implicava comigo por beber o café no copo e não na xícara? Me livrei de todos os copos, agora até para beber água preciso usar a xícara, tipo tratamento de choque.
Bem, meu bem, espero que algum dia você possa ler esta carta. Talvez você tenha encontrado outro café melhor em algum outro lugar, próximo a alguma outra estação, em algum lugar qualquer. Estou partindo, não pertenço mais a esta casa. A cada vez que vejo a fumaça do trem, só penso no seu café.
Se algum dia você sentir saudades, a receita do nosso café está no verso desta carta.


Com amor,
seu amor.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Mantendo a promessa...

Eu me lembro perfeitamente de como conheço meu amigo paraense.
Antes dele ir para Dublin, estava pesquisando pelo facebook, coisas sobre o lugar, moradia, e etc... E por acaso acabamos entrando em contato. Conversamos um pouco por uns dias e quando ele estava pra chegar, acabamos perdendo o contato, mas ele tinha meu numero de lá, então poderia entrar em contato.

Cerca de um mês depois, um número estranho me liga e era ele, me chamando pra ir beber umas cervejas em um PUB com seus amigos. Marquei de conhece-lo, mas infelizmente não conseguimos nos encontrar e marcamos de nos ver novamente no mesmo lugar na outra semana.
Desta vez, conseguimos nos ver, nos conhecemos e conversamos. Acabei recebendo o convite para participar de seu aniversário no apartamento em que ele estava morando.
Aceitei o convite e levei um amigo comigo pois eu não conhecia ninguém por lá...

Bem, a partir desde dia, meus dias em Dublin que já eram bons, ficaram melhores ainda. Tive o grande prazer de fazer um grande amigo, entrar pra sua roda de amigos onde saímos todos juntos para PUBS e baladas, jantares, almoços, beber juntos nos finais de semana, ir ao parque da cidade aproveitar os dias de sol, aprontar pela cidade, procurar emprego... TUDO, fazíamos tudo juntos!

Os dias foram se passando e a intimidade e amizade crescendo cada vez mais. E com isso, muitos dos amigos foram voltando para o Brasil com o passar do tempo. Os dias foram ficando mais tristes sem a companhia de todos.

Me lembro bem que em Fevereiro, meu amigo paraense estava voltando de sua viagem pela Europa e no outro dia voltaria ao Brasil. Quando ele chegou, estava em sua casa para recepcioná-lo, jantarmos juntos e nos despedirmos.
Estava muito frio, muito mesmo, e não havia nevado em Dublin como todos estavam esperando.
Tínhamos terminado de jantar, conversamos mais um pouco e quando foi cerca de 03:30 da madrugada, resolvi ir embora para ele descansar pra poder viajar no outro dia.
Nos despedimos outra vez no portão e quando fui me virar de costas, começou a nevar!

Ficamos ali por cerca de 30 minutos vendo a neve cair, batendo fotos, falando bobeiras e morrendo de frio!

Agora realmente era hora de ir, então me despedi novamente com um "até breve" e fui.

Chegando em casa, me sentei na frente do computador, comecei a ver as nossas fotos juntas e fui me
lembrando de todos os momentos que passamos juntos por lá. Me bateu um desespero de nunca mais poder ver pessoalmente meu amigo paraense e comecei a chorar em frente ao PC.
Alguns minutos depois, recebo uma mensagem dele no facebook me agradecendo por tudo e juramos que ainda nos veríamos no Brasil o mais breve possível.

Bem, 2 meses depois de minha volta ao Brasil, 6 meses depois de termos feito a promessa de nos vermos novamente, volto a escutar novamente aquele sotaque que não paro de atormentar, e desta vez, acho que vai demorar um bom e longo tempo pra haver outra despedida...

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Paraense maldito comedor de açai...

Tinha pouco menos de 12 horas pra embarcar a Santa Catarina e não sabia o que fazer.
Li atentamente ao email de confirmação da passagem e se eu quisesse remarca-la, teria de ir até SP e fazer isso em até 06 horas antes do embarque... ou seja: Teria de dar um jeito de embarcar ou perderia a passagem e teria de comprar outra.
Fui até o quarto dos meus pais, conversei com eles e decidimos correr pra embarcar.

Corri para procurar todos os meus documentos e terminar de organizar todas as coisas que deveria levar enquanto minha mãe passava algumas roupas. A minha sorte foi que lavei tudo naquele dia e o sol secou tudo.
Fechei minha mala era 01 hora da madrugada e agora era só esperar a hora pra embarcar na minha cidade até SP e de lá até Santa Catarina.

Já não havia dormido na noite anterior, tinha virado a madrugada conversando com meus amigos e provavelmente esta madrugada eu não dormiria também. O que não era tao ruim, pois enfrentar 12 horas de viagem acordado, não vale muito a pena.
Comecei a me arrumar por voltar das 04 da madrugada, tomei meu café, conferi tudo novamente bem devagar e as 05:30 meus pais me levaram para a rodoviária da cidade.
Me despedi dos meus pais, e fui em direção a SP. Sentei no ônibus e quando decidi tirar um cochilo rápido o ônibus estava parando dentro da rodoviária de SP, rs.

Mas 02 horas de espera até o ônibus que me levaria a Santa Catarina, então fui tomar mais um café e fumar um cigarro tranquilamente.
Novamente, embarquei no ônibus, ajeitei minhas coisas, uma musiquinha pra relaxar durante a viagem e antes de terminar a faixa 01 do CD, já estava dormindo profundamente.
O ônibus era muito confortável e não senti a hora passar em momento algum. Quando senti o ônibus parar, acabei acordando e sai pra a primeira parada. Estava com muita fome e sinceramente, não sei em que lugar parei. Apenas fui ao banheiro, comprei um lanche, voltei a ônibus para comer e voltei a dormir. Estava completamente cansado e não conseguia ficar com os olhos abertos nem para comer.

Outra parada algumas horas depois e novamente fui fazer um lanche, mas desta vez, comi dentro do estabelecimento, já havia passado mais o sono e quando voltei para o ônibus, consegui escutar 04 faixas inteiras do álbum no celular, rs.
Estava entorpecido e parecia que eu nem estava viajando. Parecia que estava ali fazia menos de 02 horas quando na verdade já haviam se passado 09 horas.

Acordei pra valer, faltando 01 hora pra chegar ao meu destino, então liguei para meu amigo avisando
onde estava e o que faríamos pra nos encontrar, já que não sabia nem o endereço de onde ele morava.
Sem resposta alguma dele, resolvi relaxar e aproveitar o resto da viagem.
A região, parecia muito com o litoral que fica perto da minha cidade em SP.
Desembarquei na rodoviária da cidade e tentei algumas vezes ligar para meu amigo, mas sem resposta. Então, peguei todas as minhas coisas, fui para a frente da rodoviária e fui fumar um cigarro enquanto pensava no que poderia fazer.

Ao longe, antes de acender o cigarro, um carro vinha desesperado ao meu encontro piscando os faróis e uma voz saiu de dentro do carro, com aquele sotaque típico do Pará: "- Não morreu ainda verme maldito? Achei que não viesse mais!"

Era meu amigo paraense... Que saudades daquele paraense maldito comedor de açai!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

#Partiu SC...

Os dias se arrastaram lentamente, enquanto minha ansiedade alcançava a velocidade da luz.
Aniversários de amigos, reencontros com os amigos de SP, aniversário do pai, happy hours, sessões de filmes com os amigos, conversas e mais conversas sobre minha estadia no exterior...
Notei em certas reuniões de família e conhecidos que quando me perguntavam e eu respondia sobre como é a vida no exterior e minhas experiências por la, outros torciam o nariz, reviravam os olhos, saiam de perto e balbuciavam palavras baixinho para que eu não as escutasse.

Cliffs of Moher - Irlanda (foto by Du Paiva)
Nunca me gabei ou me senti melhor que ninguém indo para Dublin. É uma experiência marcante e
divina que levarei comigo pelo resto da vida e quando sou questionado sobre, gosto de responder e mostrar minha visão sobre o que passei. Mas enfim, notei muita coisa e então, resolvi me calar e não falar mais sobre lá. As memórias estão eternamente comigo e estão presentes no meu dia-a-dia; Me sinto bem "apenas" com isso.

Segunda-feira, 05 de Agosto de 2013.
Havia chegado a hora de decidir de vez. Conferi o preço das passagens pela internet e decidi: No dia 08 de Agosto ás 09 horas da manha, eu estaria embarcando de vez para Santa Catarina. Como havia muita coisa para eu levar, preferi enfrentar longas 11 horas de ônibus para chegar até lá. Com o excesso de bagagem para ir de avião, não valeria a pena.
Conversei com minha tia e pedi para que ela me emprestasse seu cartão de credito para comprar a passagem pela internet e já marcamos de comer uma pizza em casa na noite anterior a viagem para nos despedirmos.

No outro dia durante a tarde, minha tia apareceu em casa e efetuamos a compra da passagem e saímos pelo centro da cidade a passeio. Tomamos um café juntos e depois voltei para casa e recolher todas as minhas roupas que estavam no varal. Também precisava arrumar todas as minhas coisas e separar todos os documentos que levaria a Santa Catarina.
Neste meio tempo, por volta das 20horas da noite, resolvi ir ao racha no vôlei com meus amigos chegando em casa por volta das 22:30.
Tomei um banho, comi e fui bisbilhotar meu facebook e responder alguns emails.

Comecei a fazer planos para o dia seguinte e não esquecer de nada para a viagem e quando fui olhar o email de confirmacao da passagem para Santa Catarina, eu tomei um baita susto e não sabia o que fazer. Olhei atentamente novamente e realmente, eu ví que fiz uma baita cagada na compra da passagem.
Na empolgacao e pressa de fazer tudo, não notei que comprei a passagem para a data que planejei; Meu embarque obrigatoriamente deveria ser na manha do dia 07.

Pensei comigo: "FODEU DE VEZ!" (...)

domingo, 6 de outubro de 2013

Sem pressa de ser feliz...

Tive o sono dos deuses naquele dia. Mal consegui dormir nas 2 noites que antecederam minha chegada. Antes de me deitar para dormir na casa de meus pais, minha mãe e meu pai bateram na porta do quarto e vieram me dizer: "Que bom que você voltou pra casa, filho. Foi o melhor dia do ano pra nós! Boa noite e durma com Deus, nós te amamos!"

Acordei no outro dia e meus pais estavam no trabalho, mas deixaram uma mesa de café da manha com tudo o que eu gosto. Quando chegou meio-dia, voltaram mais cedo do trabalho e passamos o dia conversando e desempacotando minhas malas, e entregando as lembrancinhas que comprei.
Tratei também de organizar todos os documentos necessários para renovar a minha CNH que havia vencido no ano passado.

Durante a noite, apareci de surpresa no meio do treino de volei dos meus colegas. A surpresa foi geral e assim como na minha família, deu pra notar muito bem aqueles que simplesmente sentiram realmente minha falta e quem nem ao menos havia notado minha ausência. Conversamos bastante e fizemos um "racha" pra relembrar dos tempos dos jogos.

No outro dia pela manha, eu e meu pai fomos ao poupatempo na cidade vizinha para que eu renovasse minha CNH e quando retornei com os papéis, entreguei ao meu pai com o dinheiro para ele pagar enquanto eu tirava a foto. Nem isso ele me deixou pagar! Achei meu dinheiro dentro da mochila na volta pra casa... eles queriam me deixar super a vontade na minha volta.

Visitas e mais visitas aos queridos da minha cidade, até que finalmente, encontrei todos que queria, podendo assim pensar no que eu iria fazer da minha vida a partir daquele dia.

Eu estava muito feliz com a volta, mas as semanas foram se passando e eu não estava mais me
sentindo bem ao estar dentro da casa de meus pais, a pesar de todo o esforco que eles faziam para que eu me sentisse o mais confortável possível. Não era nada com eles, mas sim comigo.
Creio eu que uma vez que você acaba saindo de casa pra valer, nunca mais você se sente o mesmo lá dentro. A saudade de Dublin estava me corrompendo o peito, sentia muita saudade de ver as pessoas na rua, o inglês diário, aquela rotina de ir trabalhar e observar tudo e a todos, a facilidade com que eu me adaptei a rotina no exterior... estava ficando angustiado demais.

Foi quando entrei em contato novamente com meus amigos que fiz por lá onde eles já estavam no Brasil. Recebi uma proposta tentadora. Já havia recebido antes, mas não havia pensado muito bem sobre. Eles são da cidade de Belém do Pará e estavam estudando em Santa Catarina. Me falaram sobre o lugar, as pessoas, o trabalho e fiquei muito atentado a conhecer e ver qual era o clima do lugar, se conseguiria me adaptar por lá, então comecei a pensar bem nesta possibilidade.

O aniversário de meu pai estava se aproximando e de alguns outros parentes e amigos também... eu não poderia passar estas datas longe deles desta vez e pelas minhas contas, teria de esperar cerca de 2 meses para poder finalmente viajar para o sul do Brasil.
Me empolguei com a idéia e já planejei tudo muito bem. Conversei muito com meus pais sobre eu me mudar novamente e a princípio não gostaram muito da idéia, mesmo me apoiando 100% na minha escolha. Usei de bons argumentos para conversar com eles diariamente e acabaram entendendo minha escolha de sair de casa e até ficaram felizes com a idéia de ir nas férias me visitar em outro estado, já que morando no exterior a possibilidade de uma visita deles era ZERO.

Confirmei minha ida aos meus amigos e estabeleci um certo período para ir: Entre as 2 primeiras semanas de agosto, estaria me mudando pra lá.

Grande abraco,
Du Paiva.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Surprise Brazil, I'm back!...

Brasil, to de volta!

Praticamente 4 meses após minha volta ao Brasil, finalmente minha vida começa a entrar no eixos.
A chegada não poderia ter sido melhor... Chegar de surpresa, foi a melhor idéia que eu poderia ter.
Um mês antes da volta, conversei com uma tia minha para ela planejar algo para reunir a família e alguns amigos mais chegados para a surpresa.
Ela, não sabia qual seria a desculpa para tal, mas ela planejou muito bem, rs!

Meu último mês em Dublin sou sublime... não chorei, simplesmente sai de lá com quase 100% de felicidade de que fiz tudo o que pude para realizar tudo o que queria... Me despedi de todos os grandes amigos que fiz, arrumei minhas malas e no dia 11 de Junho pela manha, sai de casa rumo ao aeroporto. Praticamente o dia todo viajando, com uma escala de longas e tensas 08 horas em Zurique.

Entrei no avião rumo a SP e ás 7 horas da manha do dia 12 de Junho, cá estava eu, ligando para minha tia de Guarulhos para me esperar em minha cidade e me buscar na rodoviária. Ela achou melhor me pegar na cidade vizinha, pois alguém poderia me ver na minha cidade.

Cheguei de ônibus e aquela sensacao de ver quem você ama após um longo período é indescritível!

Chegamos em sua casa e lá me esperava uma mesa gigantesca de café da manha para repor as energias. Enquanto me deliciava em comer um simples pão de sal (pão francês, cacetinho, pão d'água e etc...), ela me contava que havia dito a todos que poderia estar grávida e que anunciaria com um exame em mãos naquela noite... durante todo o dia, ela recebeu milhões de ligacoes e mensagens de todos querendo saber o resultado... mal sabiam a surpresa que os aguardava.

Naquele mesmo dia, minha mãe iria passar por uma cirurgia no olho esquerdo, então, foi a primeira a me ver, antes da reunião. Minha tia foi busca-la em casa e trouxe ela com minha sobrinha para sua casa, enquanto eu as aguardava no quarto.

Primeiro, minha sobrinha foi ao quarto e quando ela me viu, entrou em choque, não sabia o que falar, o que fazer... simplesmente pedi um abraco e ela saiu correndo e me deu um grande abraco e um beijo. Estava morrendo de saudades daquele pingo de gente!
Falei para ela: "- Vamos dar um susto na vovó? Vai lá e fala pra ela, Adivinha quem tá aqui na casa da madrinha?", então, ela saiu correndo pra sala e gritou: "Vovó, o tio tá aqui!" kkkkkkkkkk

Minha mãe: "Que tio o que menina? Do que esta falando?", foi quando neste momento, fui até a sala onde ela estava e ela também entrou em choque e começou a chorar.
"Filho, o que está fazendo aqui? Que saudades, achei que não iria te ver mais!", ela não desgrudou de mim por 1 segundo sequer e conversamos por longas 2 horas, até que a acompanhei ao hospital e fiquei durante o tempo todo com ela lá, aguardando sua saída.

Voltamos para a casa de minha tia, onde não havia chego ninguém, então, me preparei.

A cada pessoa que chegava, iam direto perguntar o resultado do exame para minha tia e eu simplesmente chegava por trás e fazia o comentário: "É mesmo! Diga logo que até eu estou curioso!"

Tive imensas surpresas neste dia. Muita gente simplesmente veio me cumprimentar, mas era como se eu nunca houvesse saído dali e sempre estivesse com eles, outros tive a imensa surpresa de ver o quanto sentiram minha falta, o choro no meu ombro e a cara de felicidade, não davam pra esconder sua felicidade ou sua cara de que tudo estava como sempre foi...

Você se surpreende de verdade e percebe quem realmente gosta muito de ti, nestas horas.

Minha irma quando me viu, chorava e berrava compulsivamente em meus bracos e meu pai, ficou com os olhos marejados e mal conseguia falar.  Segundo minha tia, meu pai estava muito triste, pois ele não queria que eu tivesse saído do país e aguardava ansiosamente pela minha volta. Percebi pelo seu olhar quando conversávamos pelo Skype que ele não estava feliz com isso, ainda mais quando omiti, que ficaria por lá mais 1 ano.

Meus amigos, riam sem parar, choravam e não sabiam o que me falar a não ser: "-Como eu senti tua falta por aqui!"

Diferente da despedida onde todos estavam felizes por mim e eu chorava sem parar, desta vez as pessoas choravam (ou não) em me ver e eu simplesmente caia na gargalhada! Foi simples e emocionante.

Bem galera, me desculpe por estes quase 4 meses sem notícias, mas voltei, estou bem, me mudei novamente e logo mais vou contando o que vai acontecendo por aqui. Tenho coisas demais para contar... Senti falta de todos e espero que tenham sentido a minha também, rs.

Um grande salve a todos e,
I'm back people!

Du Paiva.

sábado, 8 de junho de 2013

C ya later...

Galera, como já devem ter percebido, o blog está meio parado.
Estou resolvendo todas as minhas situações aqui com o governo irlandês, fechando contas, fazendo compras, fechando malas e etc...
Dia 11 de junho, ás 11:40 da manha (07:40 horário do Brasil), estarei indo a Zurique e ficarei 08 horas lá de escala e depois irei direto pra Guarulhos com desembarque ás 06:00 horas da manha.

Vejo vocês em breve galera!
Até semana que vem!

Grande abraços a todos,
Eduardo Paiva.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Karma, O Retorno... (Parte I)

Planos não foram feitos para funcionarem comigo, já estou chegando a esta conclusão! Sem generalizar que nada funciona comigo, mas é sempre assim, se eu planejo muito, não funciona. O acaso anda de braços dados a mim, nos damos bem mais.

Quando os planos eram de viajar pro exterior, eu não queria conhecer ninguém. Falava nome, endereço, telefone, CPF errados. Fazia questão de não me apegar a ninguém e meses antes de vim, o plano falha e me vejo apaixonado. Conclusão: Engatei um namoro, vim e me ferrei!

Quando ainda estava em dúvidas se ficaria em Dublin ou voltaria ao Brasil, simplesmente as coisas começam a me favorecer e tudo indicava a uma renovação do visto. Começou a "chover na minha horta!", ofertas de emprego batendo em minha porta, verão chegando e tudo mais... Ok, decidi voltar! Brasil que me aguarde, pois mudanças estão a caminho.
Então, tenho de aproveitar muito meus últimos dias aqui na terra verde e curtir muito, pois sei que este lugar vai me fazer uma falta enorme. Foi então que na segunda-feira desta semana, meu cérebro deu um sinal de alerta...

Estava eu, tomando uma boa xícara de café acompanhada de um cigarro, durante a manhã na mesa da sala de casa. Lia as notícias do Brasil, verificava alguns e-mails, respondia mensagens no Facebook e deixei aberto a página de um site para conhecer pessoas que costumo visitar por aqui. De repente, recebo um alerta que alguém entrou em contato através deste site.
Abri a mensagem e me veio um sorriso de orelha a orelha. Um cara que eu sempre via as fotos dele neste site, em que eu nunca tive coragem de mandar uma mensagem sequer, estava me dando bom dia!

Eu já sabia que ele era brasileiro, mas como ele puxou papo em inglês, continuei a conversa e assim, ficamos cerca de 40 minutos trocando mensagens. Um papo bom, simpático e um sorriso encantador!
Ele queria me conhecer, o que é raro por aqui. Normalmente já perguntam o que você curte e se pode receber na sua casa para o famoso Sexo Sem Compromisso. Pensei: "Por que não?"
Então, perguntei onde ele gostaria de ir e lhe dei 2 opções:
Pantibar: Um Pub gay famoso da região.
Tea Garden: Uma casa de chá maravilhosa, com um excelente ambiente.

Ele ainda em dúvidas, perguntei se queria beber cerveja ou chá e sua resposta foi imediata: Cerveja!

Cheguei e o esperei na porta do pub por cerca de 10 minutos e então, o vejo chegando. Me pareceu
um pouco mais baixo do que achei que fosse por fotos e tão lindo quanto nas fotos.
Entramos, sentamos em uma mesa mais para ao fundo do pub e fui buscar uma jarra de cerveja. Batemos papo por cerca de 1 hora e inclusive, descobri que ele mora a cerca de 2 horas de carro da cidade que estou voltando ao Brasil. Como ele não havia me dado alguma brecha para beijá-lo, pensei em uma estratégia e botei em prática. Um senhor, aparentando 60 anos estava sentado sozinho no balcão e me olhava descaradamente. Disse ao cara o que estava acontecendo e disse:
"Olhe aquele senhor no balcão! Ele não para de me olhar, será que não percebeu que estou acompanhado?" - então, o envolvi com apenas um braço, e ele repousou sua cabeça em meu ombro.
Conversamos por mais alguns poucos minutos com ele me olhando nos olhos, encarando minha boca e com a respiração um pouco alterada. Quando percebi, já estávamos nos beijando.

Ficamos ali por cerca de mais 2 horas entre beijos, copos de cerveja e sorrisos de que aquilo estava muito bom! Ele beijava com vontade e literalmente nos entregamos ao momento. Até um certo momento onde reparei que na mesa a nossa frente, estava um casal de asiáticos onde nos olhavam muito e cochichavam e sem perceberem que eu via toda a cena, o rapaz me tira o celular do bolso e começa a apontar para nós, discretamente.
Parei por um momento e disse ao cara que o casal a nossa frente estavam filmando/batendo fotos de nós dois. Estava levantando para tirar satisfação, mas o cara não me deixou e pediu para sairmos dali e irmos a outro lugar.

Fomos a uma boate ali por perto e ficamos sentados em uma mesa dos fundos, aproveitando novamente de onde havíamos parado. Ele é extremamente carinhoso, beija muito bem, um sorriso mega encantador, cheiroso, bonito, simpático, charmoso... cheio de qualidades que eu admiro!
Quando o relógio marcou 01:30 da madrugada, resolvemos voltar pois ele precisava ir a escola no outro dia pela manhã. Como eu morava próximo a ele, o deixei na porta de sua casa e voltei a minha.
Ficamos por mais cerca de 30 minutos trocando mensagens por Whatsapp e então, marcarmos algo para o outro dia...

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A libertação da dor de uma saudade...

*** Tradução no fim do texto.
Agonia, horas sem dormir, dor de cabeça, confusão, saudade... Duas semanas inteiras de puro nervosismo e confusão, sem rumo certo pra falar a verdade.
Renovar o visto e ficar, aprimorar mais ainda meu inglês, viver o sonho de morar fora, conhecer novas pessoas, uma vida "sem rumo" como sempre desejei ou voltar ao Brasil, matar a saudade de amigos e familiares que sempre me apoiaram em todas as minhas decisões, ver minha sobrinha, grande amor da minha vida crescer, estar preparado e perto das pessoas que são as mais importantes na minha vida e voltar a aquela rotina que sempre tive?

Não sei! ... aliás, não sabia até 1 horas atrás!

Eu tinha de decidir até hoje, na sexta-feira se pagaria pelo meu visto ou se compraria minha passagem de volta. Indeciso, sem saber o que fazer e com possibilidades para ambas escolhas, durante o café da manha com meu flatmate italiano, contei sobre minha situação e que não sabia o que fazer. Ele me falou sobre seu ponto de vista e eu ainda extremamente confuso.
Foi então que ele me disse uma coisa e eu atentamente escutei:

"Algumas pessoas acreditam muito em sorte e tomam importantes decisões através dela, pelo acaso, forçando uma escolha! Já tentou usar a sorte na moeda? Muitas pessoas acham a ideia bem válida e tomam importantes decisões através dela... Tente, tenho certeza que você vai tomar a decisão correta jogando a moeda!"

Levei aquilo a sério, e com uma moeda de 1 centavo, decidi que Cara, seria o meu retorno ao Brasil e Coroa, seria minha permanência na Irlanda.
Então respirei fundo, fechei os olhos e limpei minha mente por alguns segundos e quando abri, joguei a moeda. Sabe aquelas cenas de filme que tudo fica em câmera lenta? Foi exatamente assim que me senti no exato momento em que a moeda ia de encontro ao teto e voltou a minha mão!

O italiano viu a cena toda, assistiu tudo calado e então, quando havia se passado 2 minutos com a moeda na mão e ainda não tinha visto o resultado, ele perguntou se eu não queria saber do resultado.
Respirei fundo novamente e abri... Deu Irlanda! A sorte decidiu que eu ficasse mais algum tempo por aqui!

Ainda olhando o resultado da moeda e sem dizer uma palavra sequer, olhei a tela do meu computador em minha frente onde mostrava a página do site de compra de passagens aéreas, olhei meu cartão do banco que estava ao lado do computador, respirei fundo e disse ao italiano:

"Cara, não é isso que eu quero! Quando eu abri minha mão e vi que o resultado deu Irlanda, eu me decepcionei, não fiquei feliz com o resultado da moeda! Abri a mão e esperei ver o resultado para o Brasil, mas não veio! Foi tudo muito bom, tive momentos ruins aqui, momentos felizes, um ano pra nunca mais se esquecer, mas meu lugar não é aqui! Eu vou voltar!"

Trinta minutos depois, recebo o e-mail de confirmação da companhia aérea, confirmando minha volta!

Quarta-feira, dia 12 de Junho ás 06 horas da manhã, estarei eu desembarcando em Guarulhos, indo direto a casa de minha tia em minha cidade, onde me reunirei novamente com todos os meus amigos e familiares para uma festa, onde ninguém além desta minha tia, sabe estarei por lá!

Um IMENSO obrigado a todas as conversas que tive com meus queridos Dr Foxx e minha querida Margot, que me aguentaram nessa minha difícil semana!

***" Quando você se vê diante de 2 escolhas, apenas jogue uma moeda!
Funciona não porque resolve o problema para você, mas porque naquele breve momento em que a moeda está no ar, você simplesmente sabe qual resultado quer. "

Grande abraço a todos,
Du Paiva.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Desta água eu não bebo... ( Final )

Eu estava me sentindo muito bem e não me arrependi em momento algum de ter transado com os 2 caras. No outro dia bati um papo com o carioca pelo Facebook e nada mais e também pensei em mandar uma mensagem para o cara da internet, querendo saber como ele estava, se ficou tudo bem com ele, mas acabei desistindo.
No outro dia, acordei cedo, fui a academia, fui resolver uns problemas com o banco da Irlanda, fui ao cinema e voltei para casa somente ás 8 da noite. Quando coloquei os pés dentro de casa, meu celular recebe um Whatsapp do cara da internet: "Bora Trepar? rs"

Comecei a rir sozinho e nos falamos um pouco antes de marcarmos qualquer coisa, então mandei uma mensagem ao meu flatmate perguntando a que horas ele chegaria em casa. Ele me respondeu dizendo que estava na casa de uns amigos e que depois iria ao cinema com o namorado. Então, marquei com o cara da internet aqui em casa em 1 hora.
Dei uma ajeitada no quarto e fiquei esperando até que ele chegasse e 45 minutos depois ele toca o interfone. Ele perguntou do carioca, mas como eu não havia falado com ele naquele dia e ele não estava online, disse que não sabia dele e o cara achou melhor, pois podíamos aproveitar mais só nós dois.

Descemos para meu quarto e conversamos por uns minutos, enquanto ele terminava sua taça de vinho. Começamos a nos beijar, se acariciar e vagarosamente, começamos a descobrir o corpo um do outro. Ficamos ali por cerca de 1 hora e após o sexo, ficamos completamente exaustos e nos deitamos por alguns minutos.
Começamos a conversar mais e ele contou um pouco sobre sua vida, seu trabalho, sua família... Me
contou sobre o relacionamento que tem no Brasil, o que o mantém preso a aquela situação e então, ele pegou seu celular e disse que iria apagar meu número, as mensagens para não correr o risco de acontecer novamente, pois ele ficou com a consciência muito pesada a última vez e desta vez, tinha certeza que seria muito pior. Ele me pareceu verdadeiro em seus argumentos e não disse nada, apenas que ele podia fazer como fosse melhor para ele.

Antes dele voltar para casa, acabamos transando novamente e então, depois de um pouco mais de conversa, ele se despediu de mim e voltou para casa.

Ele me disse muita coisa boa durante nossa conversa e me senti muito bem junto a ele, não somente na parte do sexo, mas quando ficamos juntos ali, apenas conversando. E tenho de confessar de que ele foi de longe, o melhor sexo da minha vida.
Quando ficamos ele, o carioca e eu, foi muito bom, mas é uma situação completamente diferente de quando é somente duas pessoas.
Infelizmente, não posso mais ficar pensando nisso e apenas recordar o quão bom, foi ter ficado com ele neste dia, mas infelizmente não irá mais acontecer! (ou estou enganado... ?)

Grande abraço a todos,
Du Paiva.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Desta água eu não bebo... ( parte II )

Saí correndo e fui dar uma ajeitada no quarto enquanto esperava pelos caras.
A cada minuto que passava, ficava mais nervoso com a situação e sinceramente, não sabia como agir na hora, o que falar... nada! Chegou um momento em que eu peguei o celular e cheguei a digitar uma mensagem para ambos dizendo que havia acontecido algo em casa e que não rolaria, mas a curiosidade acabou sendo bem maior.

Meu telefone toca e era um número que eu não reconhecia, era o cara que havia conhecido naquela manha. Ele tocou o interfone e fui abrir o portão para ele. Ele era bem mais bonito pessoalmente do que pelo computador. Uma conversa boa, cheiroso, alto, bem fortinho com uma barriguinha de cerveja. Barba por fazer e o cabelo claro um pouco bagunçado pelo vento e a chuva que estava do lado de fora e um típico sotaque mineiro.
Quando ele entrou em casa, mandei uma mensagem ao carioca dizendo que ele estava aqui já, então, 5 minutos depois o carioca toca o interfone e novamente, fui abrir o portão.

Conversamos os 3 aqui na sala de casa por cerca de 10 minutos, então levei os 2 para meu quarto.
As coisas fluíram naturalmente por lá e todo aquele nervosismo que eu sentia antes deles chegarem, passou bem rápido. A curiosidade e o tesão pela situação tomou conta de mim naquele momento e por longas 2 horas, ficamos ali os 3, em uma cama de solteiro.
Fomos devagar, descobrindo cuidadosamente o corpo de cada um, sentindo os beijos e as carícias, notando o que cada um gostava naquela situação a três, onde algumas vezes fiquei um pouco confuso e como agir. Mas a coisa vai, sem você notar, flui naturalmente!

Após o sexo, ficamos ali na cama conversando por alguns minutos, quando escutei o barulho da porta da sala, e logo em seguida, a voz de meu flatmate com seu namorado. Rapidamente peguei meu celular e mandei uma mensagem a ele, alertando da situação.

Ele me respondeu logo em seguida e disse para eu relaxar e aproveitar pois ainda iria fazer um jantar com seu namorado.
Conversamos por mais algum tempo por ali e contamos um pouco sobre a vida de cada um, quando o telefone do cara toca e era uma mensagem do Brasil. A pessoa com quem ele tem compromisso por la, estava mandando recados para ele entrar no Skype, para terem a conversa diária.

Nos vestimos, nos despedimos ali no quarto e fui acompanhá-los até o lado de fora.

Toda a curiosidade que tinha sobre sexo a 3, foi saciada e eu que sempre achei que nunca seria capaz de um ato assim, foi mais fácil do que consegui imaginar. Quem sabe, depois de ter saciado esse fetiche que sempre pensei que nunca iria realizar, não por falta de oportunidade mas de coragem mesmo, eu não vá tentar outros fetiches (tais quais ainda não consigo pensar em um, rs).

Grande abraço a todos,
Eduardo Paiva.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Desta água eu não bebo... ( parte I )

A amizade colorida com o carioca marrento, tem ido de vento em popa.
Temos nos falado bastante pelo facebook, batemos altos papos, marcamos de ir pra balada juntos, voltamos juntos (quase todas as vezes)... O que aconteceu da última vez que relatei aqui no blog, já foi esquecido e nem tocamos mais no assunto, como se não tivesse acontecido. Só não conseguimos nos ver bastante durante a semana, porque vou a academia, tenho de ir trabalhar e nossos horários não se conciliam. A amizade colorida ta bacana da forma que está. Ele não quer um relacionamento sério e muito menos eu... ainda quero aproveitar muito essa vida de solteiro em terras estrangeiras.

Neste último sábado marcamos de ir a balada juntos, então o chamei pra vim aqui em casa pra beber antes de irmos. Bebemos, conversamos e então fui ao quarto pegar minha toalha e tomar um banho antes de sair, então ele acabou ficando lá usando meu computador. Saí do banheiro e fui trocar de roupa e mais uma vez, antes de me arrumar pra balada, acabamos transando.
Fomos juntos e encontramos alguns amigos, ficamos bebendo um pouco e conversando. Ele acabou encontrando alguns amigos e eu outros. Nos separávamos e nos encontrávamos.

A balada não estava muito boa naquele dia, então, fui de encontro a ele e disse que iria embora, pois aquele lugar estava muito ruim. Ele decidiu ficar com os amigos, então, no caminho de casa eu recebo um Whatsapp de minha flatmate dizendo que estava bêbada e estava com 2 caras da marinha da Inglaterra e que ela iria pra casa. Após o ataque de risos, disse a ela pra ir e que se ela precisasse de ajuda, estava lá.
Ela chegou e ficamos conversando todos. Muito simpáticos, um inglês que parecia música para meus ouvidos (adoro sotaque britânico) e de repente o clima começou a esquentar. Todos bêbados e falando merda, então um deles queria transar com minha flatmate e o outro queria assistir. Eu, obviamente não permiti que isso acontecesse, até porque, ela não estava afim daquela situação.
Após ele insistir muito na ideia, eu disse a ele que estaria OK toda aquela situação, caso ele me assistisse transando com um amigo. Obviamente que não faria isso, mas para pesar um pouco na consciência dele, liguei para o carioca e contei de toda a situação e como ele estava a caminho de sua casa, acabou chegando aqui em casa. Conversamos mais, rimos mas acabou dando em nada e os caras e o carioca foram embora.

No outro dia, conversei novamente com o carioca e ele puxou um assunto em que havíamos conversado antes na cama: Trepar a 3.
Disse que provavelmente não conseguiria, achava que não daria certo e que não rolaria nada. O domingo conspirou para que tudo encaminhasse para tal atividade.
Conheci um brasileiro muito bonito e simpático que mora aqui em Dublin. Conversamos a manha toda e ele querendo sair comigo a todo custo. Disse que tinha namorada no Brasil e que depois que estava namorando com ela, não havia saído com mais ninguém. Com toda aquela empolgação, mantive contato com ele durante toda a manha e durante a tarde, o carioca começa a conversar comigo e contei sobre o que estava acontecendo.

Fim das contas? Acabei mandando mensagem ao meu roomate perguntando a que horas voltaria, e como ele estava em um bar e depois iria ao cinema, tínhamos tempo de sobra, então acabei marcando de encontrar com os 2 aqui em casa por volta das 20 horas...

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O carioca marrento...

Depois de todo aquele episódio com o carioca marrento, fiquei todo motivado pra voltar a academia e fazer o carioca engolir cada palavra que disse a minha pessoa naquele dia...
Ele foi viajar por algumas semanas com sua amiga e eu voltei de vez para a academia.
Já comecei pegando pesado nas primeiras semanas, ficando extremamente indisposto para fazer qualquer outra coisa. Dores no corpo inteiro por estar desacostumado com o ritmo da academia, dormia muito mal e não conseguia trabalhar muito bem, pois não aguentava levantar os braços, me abaixar, carregar coisas um pouco pesadas e etc... Minhas duas primeiras semanas foram um inferno.

Após meu corpo ter se acostumado, comecei a pegar mais pesado ainda, correr mais, pedalar mais e como meu metabolismo é bem rápido, perdi bastante peso nestas 2 semanas.
Notei pouca diferença no corpo pra falar a verdade, mas estou me sentindo bem melhor e mais disposto. Ainda tenho meus suplementos e estou conciliando tudo com a malhação.

Quando o carioca marrento voltou, começamos  conversar pelo facebook. Ele me contou sobre sua viagem, contei como foram as coisas por aqui, pois o clima melhorou muito por aqui!
Sol, um pouco de vento, temperaturas chegando a agradáveis 13º graus durante o dia fazendo a cidade toda ficar lotada de gente nas ruas, aproveitando o bom clima. Verão chegando!

Mas enfim... marcamos de nos ver na noite desta quinta-feira passada, mas em cima da hora, ele disse que não podia sair, que tinha outras coisas pra fazer e gostaria de me ver mais de madrugada. Apenas rí e disse que não seria possível, pois iria sair. Na verdade eu não iria, mas como eu já estava todo arrumado, decidi curtir a noite de Dublin em uma boate.
Fui sozinho e fiquei sozinho a noite toda. Aproveitei pra beber um pouco e ver as pessoas ao redor.
Acabei fazendo amizade com uma irlandesa louca que estava extremamente bêbada e que acabou dormindo no meu colo, rs. O segurança ia me expulsar por deixar minha "amiga" dormir bêbada ali no meio da balada. Mas após explicar  que não conhecia ela e que estava sozinho ali, ele retirou a irlandesa e continuei ali sozinho aproveitando minha bebida e vendo o movimento das pessoas.

No outro dia, o carioca se desculpou através do facebook e disse que iria viajar pra cidade vizinha
com seu amigo da Rússia que havia acabado de chegar na cidade, para aproveitar o fim de semana.
Bem, eu acabei ficando por aqui mesmo e fui em um jantar na casa de uma grande amiga, pois os pais dela estavam na cidade e seria o último dia deles por aqui.
Como sempre, me diverti demais com eles e acabamos a noite em uma boate onde dançamos a noite toda.

Quando foi segunda-feira pela manhã, decidi tirar um dia de folga da academia e acabei conversando com o carioca. Marcamos de nos ver aquela manha, já que eu estava sozinho em casa e todos foram trabalhar.
Ficamos no meu quarto cerca de 1 hora juntos naquele dia e 2 situações bem constrangedoras acabaram acontecendo. Uma aconteceu comigo e outra com ele, após o sexo.
Ficamos ali cerca de 20 minutos conversando pelados na cama, cada um em seu canto, mas ninguém tocou no assunto. Nos despedimos e levei ele até a porta de casa.

Fui até o facebook e mandei uma mensagem pra ele, pedindo desculpas pelo ocorrido e ele disse que não havia se importado e também me pediu desculpas pelo acontecido, que estava bem constrangido. Ele também perguntou o que havia acontecido comigo, pois eu havia emagrecido e já estava diferente.
Também não me importei muito, mas acabou ficando uma situação bem chata entre a gente.
Nossas conversas no facebook que ocorriam sempre, caíram para ZERO!

No outro dia, ele estava online e tentei quebrar o gelo, enviando para ele 3 vagas de emprego que eu tinha visto na rua de onde eu trabalho. Como é um pouco afastado do centro e muita gente não vai até lá, disse para ele tentar pois seria mais fácil. Do nada ele acabou ficando offline, me respondendo somente no outro dia. Disse que não tinha visto a mensagem na hora e viu somente no outro dia pela manhã. Bem, acreditar eu não acreditei, mas deixei pra lá... Acho melhor as coisas continuarem da forma que estão, cada um em seu canto.

Grande abraço a todos,
Du Paiva.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Oito mil setecentos e sessenta horas depois...

Não consigo encontrar palavra alguma que possa descrever o que sinto no dia de hoje!
Não me resta a menos dúvida que eu perdi muito, mas tenho muito mais do que certeza que ganhei em dobro.
Hoje, dia 18 de Abril de 2013, completa-se um ano repleto de lágrimas, risos, amigos e saudades.
Nada disso aqui seria possível sem o carinho e apoio de todos os que ficaram do meu lado, tanto os de perto, quanto aos que estão longe. Aos que me conhecem pessoalmente, ou pela tela do computador, textos e desabafos devidamente despojados no blog.

O meu mais profundo, puro e sincero OBRIGADO, a todos os que batalharam comigo!
Que Deus abençoe a todos nós! Saudades, muitas SAUDADES!

Um grande abraço a todos,
Eduardo Paiva.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Orgulho ferido...

Dublin, Setembro de 2012. 03:30 hrs da madrugada.
Estávamos eu e meu amigo paraense voltando de uma balada, quando no meio do caminho fizemos amizade com outros 3 brazucas que moravam perto de meu amigo.
Um paulistano, um baiano e um carioca. Os 3 super simpáticos e viemos conversando o caminho todo e o carioca (como sempre os cariocas, rs), me chamou muito a atenção! Nunca mais os ví por Dublin até 2 semanas atrás.
Então, fui a balada sozinho pois meu flatmate iria viajar e iria ficar 10 dias fora, ou seja, a casa/quarto era toda para mim. Acabei reencontrando com esse carioca na balada e como ele também estava sozinho, acabamos vagando juntos pela balada toda. Ele estava bem diferente de quando nos vimos no ano passado!
Estava todo musculoso, cabelo ajeitado, uma barba por fazer, pernas grossas e aquele sotaque carioca de sempre, rs. Ele foi um querido comigo, e fazia umas brincadeiras que me deixou desconfiado dessa sua aproximação, mas como ele é um cara bem brincalhão, nem levei muito a sério.
No outro dia, o adicionei no facebook e começamos a conversar e acabei contando que meu flatmate estava viajando e que a casa era toda minha, foi então que ele perguntou se aquilo era um convite, mas acabei levando na brincadeira novamente e respondi com outra brincadeira, então ele deixou para lá.

Foi quando nesta última sexta-feira, voltando acabado do trabalho há 5 minutos de casa alguém de agarra pelas costas no meio da rua, com o susto, acabei dando uma cotovelada na pessoa e virando para saber do que se tratava. Era o carioca!
Passado o susto e conversando até a porta do meu prédio, ele se impressionou porque ele mora virando a esquina de casa e inclusive me perguntou se eu já havia arrastado alguém pra dentro de casa. Disse que nem havia tentado pela semana cansativa que tive, apenas queria tomar um banho e relaxar e quem sabe naquela noite poderia tentar alguém. Novamente ele pergunta se aquilo era um convite... eu apenas ri e entrei em casa.

Achei muito estranho todas aquelas atitudes, então, tomei coragem e entrei no facebook e mandei uma mensagem para ele, dizendo que o convite estava em pé, caso ele quisesse vim conhecer minha casa. Fui tomar um banho e quando voltei, estava ele me respondendo, pedindo meu telefone e dizendo que poderia me fazer uma massagem para relaxar da semana pesada que tive. Disse que demoraria 3 minutos para chegar... eu, desconfiado disse que ele poderia vim.
5 minutos depois, a campainha toca e era ele me esperando.

Fui, abri o portão e entramos em casa, mostrei todo o apartamento para ele e descemos até meu quarto. Me deitei na cama e ele começou a massagem e foi retirando minha roupa e assim foi tirando a sua também. Ficamos ali no quarto por cerca de 2 horas. Quando ele estava se arrumando para voltar para casa, começamos a conversar mais e ele, daquele jeito todo brincalhão e sincero, me solta: "Cara, o que aconteceu contigo? Quando nos conhecemos, você estava melhor, com um bom corpo, estava diferente! Não foi ruim aqui contigo, eu juro, não me leve a mal, mas tu ta fora de forma! Tu tem de parar de fumar, rapah! Isso vai acabar contigo!"

Foi como um soco na boca do estomago!
Realmente, ele tem razão! A barriga voltou a crescer, coisa que eu já havia perdido há muito tempo, minhas costas não estão fortes como antes, meus braços afinaram, meu peito murchou e minhas pernas que sempre foram uma parte que sempre gostei de meu corpo, estão fracas e finas!
Eu, sem graça o levei até o portão do prédio, nos despedimos e voltei pra dentro de casa.
Realmente, era o que eu precisava escutar para poder dar aquela sacudida e começar a levar a serio algumas metas que eu já havia traçado a tanto tempo e simplesmente abandonei no meio do caminho.
Nós conversamos muito ainda e inclusive no fim de semana, fomos juntos a balada e nos divertimos muito, mas sim, fiquei com o orgulho ferido.

Hoje, segunda-feira, 08 de Abril de 2013. 11:48hrs da manha.
Estou eu aqui, me preparando para voltar a academia, com o orgulho ferido sim, mas com um objetivo mais do que traçado...  Não permitirei que mais ninguém diga a mesma coisa para mim!
Economizarei dinheiro evitando beber agora e desde o dia com o carioca, não fumei mais!
Meus cigarros acabaram e não irei comprar mais!

Grande abraço a todos,
Du Paiva.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Musicando...

Como já disse várias e várias vezes aqui no blog, a música me move de uma tal forma, que é capaz de me deixar triste, alegre, muda meu astral na primeira vez que escuto.
Como eu adoraria ter o dom pra cantar ou tocar algum instrumento!
Algumas vezes alguns covers, ficam até melhores que as versões originais, e esta música é uma delas.
Adoro Bruno Mars, mas esta interpretação de Luis Figueroa pra essa música, caiu como uma luva!


Ele também tem vários outros covers em seu canal no YouTube, pra quem quiser acompanhar mais de perto...


Grande abraço a todos,
Du Paiva.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Séries de TV...

Me diga você: É viciado em alguma série de TV?

Sou muito chato pra séries de TV. Não assisto qualquer coisa!
Se o trailer não me agrada, por mais que eu escute todos dizendo o quão bom a série é, não tenho a mínima vontade de assistir. Algumas, até sou curioso para começar, mas só de pensar que tenho de acompanhar cerca de 4, 5 ou as vezes 8, 9 temporadas, me bate um tremendo desanimo!

Ontem, domingo, teve o retorno da terceira temporada de Game of Thrones.
Todos comentam e falam muito bem da série, mas só de pensar que tenho de assistir a 2 temporadas inteiras pra realmente chegar a acompanhar, me bate um tremendo desanimo.
Outra série que gostaria muito de assistir, é True Blood. Tenho as mesmas impressões sobre Game of Thrones, mas esta série está indo para a sua sexta temporada, ou seja, fora de cogitação eu começar a acompanhar.

Retorno sem data definida, mas previsto pra Outubro de 2013.

Minha febre agora, se esgota toda em The Walking Dead.
Ouvi muito falar sobre a série, mas tive preguiça de começar a acompanhar, então, quando a série estava no break da segunda temporada, em um domingo chuvoso e tediante em casa, minha querida irmã me trouxe a primeira temporada inteira da série, me obrigando a assistir.
No começo eu relutei e não estava afim, mas eram apenas 6 episódios, logo após o almoço de um domingo chuvoso, onde a internet estava muito cansativa, então, que mal poderia me fazer?
Quem sabe, não me daria sono durante a série e dormiria a tarde toda? Mal eu sabia!

O primeiro episódio me fez prender a respiração por várias vezes de tanta aflição, pelos personagens terem de ficar fugindo de uma horda de zumbis a todo instante, fora os conflitos internos e egos que querem falam mais alto que o outro, me ganhou por completo. Com um pouco mais de 6 horas na frente da TV, finalmente havia terminado a primeira temporada da série, então liguei para minha querida irmã, e pedi para ela me trazer a metade da segunda temporada da série, mas ela estava com preguiça de voltar para casa.  Então, quase as 10 horas da noite, sai de carro pela cidade e fui buscar o restante dos episódios.
Tão eu, vendo minhas séries... rs
Assisti mais 3 episódios antes de dormir e no outro dia, voltei a rotina da série, terminando de ver o restante da série no meio da tarde.

Foi assim, que aconteceu minha paixão por esta série, que a cada episódio me ganhava mais e mais, me fazia morrer de raiva de certos personagens e amar outros.

Ontem a noite, foi ao ar somente nos Estados Unidos (e streamings online pela internet toda, gracas a Deus!) o último episódio da terceira temporada. Esperei muito por esse dia, e fiquei completamente chateado e frustrado com o final. Glen Mazzara, me decepcionou ao escrever este último episódio.
Foram 15 episódios, perfeitamente preparados para este último dia e ele jogar tudo no ralo em seu último dia como showrunner! Espero que com a entrada de Scott Gimple para a quarta temporada, as coisas esquentem um pouco mais, sendo que 1 episódio desta temporada já havia sido escrita por ele e coincidentemente, meu favorito!

Eterna Paixão por FRIENDS!
Outra série que eu não poderia deixar de comentar aqui, que é de longe a paixão da minha vida: FRIENDS! Já assisti a todos os episódios das 10 temporadas creio que umas 8 vezes, pela TV, é claro. Não teria paciência alguma de baixar e assistir pelo computador a tantas vezes assim.
Pra quem quer rir muito, é o seriado mais apropriado pra isso, mas acho muito bacana, acompanhar desde o começo
, pois nas temporadas mais avançadas, os personagens sempre fazem referencias a antigas temporadas, inclusive coisas do primeiro episódio da série...

E vocês? Costuma assistir alguma série de TV?
Alguma boa dica para compartilhar?

Grande abraços a todos,
Du Paiva.

domingo, 24 de março de 2013

Como é mesmo que se fala...?

Me lembro de quando ia as aulas de inglês no Brasil, muitos de meus ex-professores iam passar férias no exterior, fazer cursos por alguns meses, visitar amigos por algumas semanas e etc, quando voltavam, tinham dúvidas e não lembravam de palavras simples e usadas no dia a dia em português.
Não que eu pensasse como algo ridículo mas não conseguia compreender o porque disto acontecer. Poxa, é a língua materna, impossível de se esquecer! Eu estava completamente enganado...

De uns tempos para cá, ao fazer Skype com minha família, ao redigir algum texto para o blog, grupos de discussão na internet e afins, tenho notado uma certa dificuldade de lembrar várias palavras e expressões o que muitas vezes, me faz ir ao Google e pesquisar por sinônimos que eu sempre soube, expressões que já não uso constantemente e etc...

Mas isso é um bom sinal ou não?
Happiness ou Happier? LOL

Bem, eu ainda tenho muito contato com o português, pois moro com outros 3 brasileiros, fora os amigos, conhecidos da rua e de balada e colegas de trabalho. Mas também tenho algum contato com muitos estrangeiros. Meu flatmate por exemplo, namora um irlandês onde pelo menos 4 vezes por semana, ele vem aqui para casa e conversamos bastante, vamos ao cinema, jogamos alguns jogos em inglês, vamos para balada juntos e também quando vou a balada, converso com muitos gringos, no supermercado, trabalho, onde quer que eu vá.

Das vezes que meus ex-professores viajavam, ficavam com muitas dúvidas com palavras simples em português, mas muitas vezes durante a aula, em uma conversa nos intervalos de cada aula ou quando saíamos juntos, substituíam pela palavra em inglês e então esclarecíamos a dúvida.
Bem, eu ainda não tenho um vocabulário excelente em inglês, mas consigo me virar muito bem. Quando não sei como dizer uma certa palavra, digo que não sei como se diz em inglês, descrevo a situação/objeto de uma outra forma fazendo-os me compreender e claro, pergunto como se diz da forma correta. Desta forma, acabo aumentando meu vocabulário em inglês.

Esse "esquecimento" de palavras não me deixa chateado de forma alguma, pois mostra que a cada dia que passa, estou me adaptando cada vez mais a minha nova realidade. Claro, detesto ficar pensando muito para dizer coisas ou escrever e as vezes até me irrito, mas logo acaba passando pois não fico sossegado até lembrar da tal palavra.
Me lembro de quando estava aprendendo inglês, meus ex-professores diziam que para eu ficar cada vez mais fluente na língua, eu teria de respirar o idioma. Acordar pensando na língua, tomar café, almoçar, resolver os problemas, tomar banho... TUDO, sem ficar pensando em português, traduzir para inglês para depois falar. Simplesmente, pensar diretamente no idioma que era a forma mais fácil!
Bem, pode parecer difícil, mas mesmo no Brasil, eu já praticava este exercício e confesso que acaba virando rotina e fica cada vez mais fácil.

O sotaque aqui complica um pouco a nossa vida, pois parece que os irlandeses falam pra dentro, cortam praticamente a palavra no começo e não respiram pra falar. Mas quando converso com outros estrangeiros, vou ao cinema, escuto música ou assisto meus seriados, fico muito feliz de notar minha evolução no idioma.

Grande abraço a todos,
Du Paiva.