sexta-feira, 24 de maio de 2013

Karma, O Retorno... (Parte I)

Planos não foram feitos para funcionarem comigo, já estou chegando a esta conclusão! Sem generalizar que nada funciona comigo, mas é sempre assim, se eu planejo muito, não funciona. O acaso anda de braços dados a mim, nos damos bem mais.

Quando os planos eram de viajar pro exterior, eu não queria conhecer ninguém. Falava nome, endereço, telefone, CPF errados. Fazia questão de não me apegar a ninguém e meses antes de vim, o plano falha e me vejo apaixonado. Conclusão: Engatei um namoro, vim e me ferrei!

Quando ainda estava em dúvidas se ficaria em Dublin ou voltaria ao Brasil, simplesmente as coisas começam a me favorecer e tudo indicava a uma renovação do visto. Começou a "chover na minha horta!", ofertas de emprego batendo em minha porta, verão chegando e tudo mais... Ok, decidi voltar! Brasil que me aguarde, pois mudanças estão a caminho.
Então, tenho de aproveitar muito meus últimos dias aqui na terra verde e curtir muito, pois sei que este lugar vai me fazer uma falta enorme. Foi então que na segunda-feira desta semana, meu cérebro deu um sinal de alerta...

Estava eu, tomando uma boa xícara de café acompanhada de um cigarro, durante a manhã na mesa da sala de casa. Lia as notícias do Brasil, verificava alguns e-mails, respondia mensagens no Facebook e deixei aberto a página de um site para conhecer pessoas que costumo visitar por aqui. De repente, recebo um alerta que alguém entrou em contato através deste site.
Abri a mensagem e me veio um sorriso de orelha a orelha. Um cara que eu sempre via as fotos dele neste site, em que eu nunca tive coragem de mandar uma mensagem sequer, estava me dando bom dia!

Eu já sabia que ele era brasileiro, mas como ele puxou papo em inglês, continuei a conversa e assim, ficamos cerca de 40 minutos trocando mensagens. Um papo bom, simpático e um sorriso encantador!
Ele queria me conhecer, o que é raro por aqui. Normalmente já perguntam o que você curte e se pode receber na sua casa para o famoso Sexo Sem Compromisso. Pensei: "Por que não?"
Então, perguntei onde ele gostaria de ir e lhe dei 2 opções:
Pantibar: Um Pub gay famoso da região.
Tea Garden: Uma casa de chá maravilhosa, com um excelente ambiente.

Ele ainda em dúvidas, perguntei se queria beber cerveja ou chá e sua resposta foi imediata: Cerveja!

Cheguei e o esperei na porta do pub por cerca de 10 minutos e então, o vejo chegando. Me pareceu
um pouco mais baixo do que achei que fosse por fotos e tão lindo quanto nas fotos.
Entramos, sentamos em uma mesa mais para ao fundo do pub e fui buscar uma jarra de cerveja. Batemos papo por cerca de 1 hora e inclusive, descobri que ele mora a cerca de 2 horas de carro da cidade que estou voltando ao Brasil. Como ele não havia me dado alguma brecha para beijá-lo, pensei em uma estratégia e botei em prática. Um senhor, aparentando 60 anos estava sentado sozinho no balcão e me olhava descaradamente. Disse ao cara o que estava acontecendo e disse:
"Olhe aquele senhor no balcão! Ele não para de me olhar, será que não percebeu que estou acompanhado?" - então, o envolvi com apenas um braço, e ele repousou sua cabeça em meu ombro.
Conversamos por mais alguns poucos minutos com ele me olhando nos olhos, encarando minha boca e com a respiração um pouco alterada. Quando percebi, já estávamos nos beijando.

Ficamos ali por cerca de mais 2 horas entre beijos, copos de cerveja e sorrisos de que aquilo estava muito bom! Ele beijava com vontade e literalmente nos entregamos ao momento. Até um certo momento onde reparei que na mesa a nossa frente, estava um casal de asiáticos onde nos olhavam muito e cochichavam e sem perceberem que eu via toda a cena, o rapaz me tira o celular do bolso e começa a apontar para nós, discretamente.
Parei por um momento e disse ao cara que o casal a nossa frente estavam filmando/batendo fotos de nós dois. Estava levantando para tirar satisfação, mas o cara não me deixou e pediu para sairmos dali e irmos a outro lugar.

Fomos a uma boate ali por perto e ficamos sentados em uma mesa dos fundos, aproveitando novamente de onde havíamos parado. Ele é extremamente carinhoso, beija muito bem, um sorriso mega encantador, cheiroso, bonito, simpático, charmoso... cheio de qualidades que eu admiro!
Quando o relógio marcou 01:30 da madrugada, resolvemos voltar pois ele precisava ir a escola no outro dia pela manhã. Como eu morava próximo a ele, o deixei na porta de sua casa e voltei a minha.
Ficamos por mais cerca de 30 minutos trocando mensagens por Whatsapp e então, marcarmos algo para o outro dia...

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A libertação da dor de uma saudade...

*** Tradução no fim do texto.
Agonia, horas sem dormir, dor de cabeça, confusão, saudade... Duas semanas inteiras de puro nervosismo e confusão, sem rumo certo pra falar a verdade.
Renovar o visto e ficar, aprimorar mais ainda meu inglês, viver o sonho de morar fora, conhecer novas pessoas, uma vida "sem rumo" como sempre desejei ou voltar ao Brasil, matar a saudade de amigos e familiares que sempre me apoiaram em todas as minhas decisões, ver minha sobrinha, grande amor da minha vida crescer, estar preparado e perto das pessoas que são as mais importantes na minha vida e voltar a aquela rotina que sempre tive?

Não sei! ... aliás, não sabia até 1 horas atrás!

Eu tinha de decidir até hoje, na sexta-feira se pagaria pelo meu visto ou se compraria minha passagem de volta. Indeciso, sem saber o que fazer e com possibilidades para ambas escolhas, durante o café da manha com meu flatmate italiano, contei sobre minha situação e que não sabia o que fazer. Ele me falou sobre seu ponto de vista e eu ainda extremamente confuso.
Foi então que ele me disse uma coisa e eu atentamente escutei:

"Algumas pessoas acreditam muito em sorte e tomam importantes decisões através dela, pelo acaso, forçando uma escolha! Já tentou usar a sorte na moeda? Muitas pessoas acham a ideia bem válida e tomam importantes decisões através dela... Tente, tenho certeza que você vai tomar a decisão correta jogando a moeda!"

Levei aquilo a sério, e com uma moeda de 1 centavo, decidi que Cara, seria o meu retorno ao Brasil e Coroa, seria minha permanência na Irlanda.
Então respirei fundo, fechei os olhos e limpei minha mente por alguns segundos e quando abri, joguei a moeda. Sabe aquelas cenas de filme que tudo fica em câmera lenta? Foi exatamente assim que me senti no exato momento em que a moeda ia de encontro ao teto e voltou a minha mão!

O italiano viu a cena toda, assistiu tudo calado e então, quando havia se passado 2 minutos com a moeda na mão e ainda não tinha visto o resultado, ele perguntou se eu não queria saber do resultado.
Respirei fundo novamente e abri... Deu Irlanda! A sorte decidiu que eu ficasse mais algum tempo por aqui!

Ainda olhando o resultado da moeda e sem dizer uma palavra sequer, olhei a tela do meu computador em minha frente onde mostrava a página do site de compra de passagens aéreas, olhei meu cartão do banco que estava ao lado do computador, respirei fundo e disse ao italiano:

"Cara, não é isso que eu quero! Quando eu abri minha mão e vi que o resultado deu Irlanda, eu me decepcionei, não fiquei feliz com o resultado da moeda! Abri a mão e esperei ver o resultado para o Brasil, mas não veio! Foi tudo muito bom, tive momentos ruins aqui, momentos felizes, um ano pra nunca mais se esquecer, mas meu lugar não é aqui! Eu vou voltar!"

Trinta minutos depois, recebo o e-mail de confirmação da companhia aérea, confirmando minha volta!

Quarta-feira, dia 12 de Junho ás 06 horas da manhã, estarei eu desembarcando em Guarulhos, indo direto a casa de minha tia em minha cidade, onde me reunirei novamente com todos os meus amigos e familiares para uma festa, onde ninguém além desta minha tia, sabe estarei por lá!

Um IMENSO obrigado a todas as conversas que tive com meus queridos Dr Foxx e minha querida Margot, que me aguentaram nessa minha difícil semana!

***" Quando você se vê diante de 2 escolhas, apenas jogue uma moeda!
Funciona não porque resolve o problema para você, mas porque naquele breve momento em que a moeda está no ar, você simplesmente sabe qual resultado quer. "

Grande abraço a todos,
Du Paiva.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Desta água eu não bebo... ( Final )

Eu estava me sentindo muito bem e não me arrependi em momento algum de ter transado com os 2 caras. No outro dia bati um papo com o carioca pelo Facebook e nada mais e também pensei em mandar uma mensagem para o cara da internet, querendo saber como ele estava, se ficou tudo bem com ele, mas acabei desistindo.
No outro dia, acordei cedo, fui a academia, fui resolver uns problemas com o banco da Irlanda, fui ao cinema e voltei para casa somente ás 8 da noite. Quando coloquei os pés dentro de casa, meu celular recebe um Whatsapp do cara da internet: "Bora Trepar? rs"

Comecei a rir sozinho e nos falamos um pouco antes de marcarmos qualquer coisa, então mandei uma mensagem ao meu flatmate perguntando a que horas ele chegaria em casa. Ele me respondeu dizendo que estava na casa de uns amigos e que depois iria ao cinema com o namorado. Então, marquei com o cara da internet aqui em casa em 1 hora.
Dei uma ajeitada no quarto e fiquei esperando até que ele chegasse e 45 minutos depois ele toca o interfone. Ele perguntou do carioca, mas como eu não havia falado com ele naquele dia e ele não estava online, disse que não sabia dele e o cara achou melhor, pois podíamos aproveitar mais só nós dois.

Descemos para meu quarto e conversamos por uns minutos, enquanto ele terminava sua taça de vinho. Começamos a nos beijar, se acariciar e vagarosamente, começamos a descobrir o corpo um do outro. Ficamos ali por cerca de 1 hora e após o sexo, ficamos completamente exaustos e nos deitamos por alguns minutos.
Começamos a conversar mais e ele contou um pouco sobre sua vida, seu trabalho, sua família... Me
contou sobre o relacionamento que tem no Brasil, o que o mantém preso a aquela situação e então, ele pegou seu celular e disse que iria apagar meu número, as mensagens para não correr o risco de acontecer novamente, pois ele ficou com a consciência muito pesada a última vez e desta vez, tinha certeza que seria muito pior. Ele me pareceu verdadeiro em seus argumentos e não disse nada, apenas que ele podia fazer como fosse melhor para ele.

Antes dele voltar para casa, acabamos transando novamente e então, depois de um pouco mais de conversa, ele se despediu de mim e voltou para casa.

Ele me disse muita coisa boa durante nossa conversa e me senti muito bem junto a ele, não somente na parte do sexo, mas quando ficamos juntos ali, apenas conversando. E tenho de confessar de que ele foi de longe, o melhor sexo da minha vida.
Quando ficamos ele, o carioca e eu, foi muito bom, mas é uma situação completamente diferente de quando é somente duas pessoas.
Infelizmente, não posso mais ficar pensando nisso e apenas recordar o quão bom, foi ter ficado com ele neste dia, mas infelizmente não irá mais acontecer! (ou estou enganado... ?)

Grande abraço a todos,
Du Paiva.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Desta água eu não bebo... ( parte II )

Saí correndo e fui dar uma ajeitada no quarto enquanto esperava pelos caras.
A cada minuto que passava, ficava mais nervoso com a situação e sinceramente, não sabia como agir na hora, o que falar... nada! Chegou um momento em que eu peguei o celular e cheguei a digitar uma mensagem para ambos dizendo que havia acontecido algo em casa e que não rolaria, mas a curiosidade acabou sendo bem maior.

Meu telefone toca e era um número que eu não reconhecia, era o cara que havia conhecido naquela manha. Ele tocou o interfone e fui abrir o portão para ele. Ele era bem mais bonito pessoalmente do que pelo computador. Uma conversa boa, cheiroso, alto, bem fortinho com uma barriguinha de cerveja. Barba por fazer e o cabelo claro um pouco bagunçado pelo vento e a chuva que estava do lado de fora e um típico sotaque mineiro.
Quando ele entrou em casa, mandei uma mensagem ao carioca dizendo que ele estava aqui já, então, 5 minutos depois o carioca toca o interfone e novamente, fui abrir o portão.

Conversamos os 3 aqui na sala de casa por cerca de 10 minutos, então levei os 2 para meu quarto.
As coisas fluíram naturalmente por lá e todo aquele nervosismo que eu sentia antes deles chegarem, passou bem rápido. A curiosidade e o tesão pela situação tomou conta de mim naquele momento e por longas 2 horas, ficamos ali os 3, em uma cama de solteiro.
Fomos devagar, descobrindo cuidadosamente o corpo de cada um, sentindo os beijos e as carícias, notando o que cada um gostava naquela situação a três, onde algumas vezes fiquei um pouco confuso e como agir. Mas a coisa vai, sem você notar, flui naturalmente!

Após o sexo, ficamos ali na cama conversando por alguns minutos, quando escutei o barulho da porta da sala, e logo em seguida, a voz de meu flatmate com seu namorado. Rapidamente peguei meu celular e mandei uma mensagem a ele, alertando da situação.

Ele me respondeu logo em seguida e disse para eu relaxar e aproveitar pois ainda iria fazer um jantar com seu namorado.
Conversamos por mais algum tempo por ali e contamos um pouco sobre a vida de cada um, quando o telefone do cara toca e era uma mensagem do Brasil. A pessoa com quem ele tem compromisso por la, estava mandando recados para ele entrar no Skype, para terem a conversa diária.

Nos vestimos, nos despedimos ali no quarto e fui acompanhá-los até o lado de fora.

Toda a curiosidade que tinha sobre sexo a 3, foi saciada e eu que sempre achei que nunca seria capaz de um ato assim, foi mais fácil do que consegui imaginar. Quem sabe, depois de ter saciado esse fetiche que sempre pensei que nunca iria realizar, não por falta de oportunidade mas de coragem mesmo, eu não vá tentar outros fetiches (tais quais ainda não consigo pensar em um, rs).

Grande abraço a todos,
Eduardo Paiva.